Abundância e fatores de risco de Dermatobia hominis (Linnaeus JR., 1781) (Díptera: Cuterebridae) em bovinos em pecuária orgânica na Fazendinha Agroecológica Km 47, RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Florião, Mônica Mateus lattes
Orientador(a): Moya Borja, Gonzalo Efrain lattes
Banca de defesa: Kimura, Leda Maria Silva, Tassinari, Wagner, Coumendouros, Katherina, Flausino, Walter
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12002
Resumo: Estudos sobre larvas de Dermatobia hominis já foram descritos, porém não foram encontrados dados sobre esta infestação em bovinos leiteiros criados sob sistema orgânico. O presente trabalho teve como objetivo fornecer subsídios sobre esta ectoparasitose dentro de um criatório orgânico, verificando-se a localização e distribuição das larvas na superfície corporal dos bovinos, determinando-se a freqüência das infestações com relação ao sexo, idade e cor da pelagem, além da influência dos fatores climáticos. O rebanho foi constituído por 40 animais mestiços leiteiros Zebu x Europeu, dividido em lotes de animais jovens e adultos. Foi realizada inspeção quinzenal (915 inspeções) com mapeamento quanto a presença de larvas na superfície corporal, no período de setembro de 2009 a agosto de 2010 na “FAZENDINHA AGROECOLÓGICA KM 47”. Os resultados indicaram predominância do parasitismo nas fêmeas (média 21,98 contra 8,37 em machos), nos machos maior número de nódulos no lado direito (4,46 contra 3,90 lado esquerdo), onde a região posterior direita superior (RPDS) foi a mais infestada. Nas fêmeas maior número de nódulos no lado esquerdo e na região anterior direita superior (RADS). A infestação nos adultos (média 31,55) foi maior que nos jovens, os animais em aleitamento foram menos infestados (média de 8,01), nos dois grupos de animais jovens o lado mais infestado foi o esquerdo, no grupo em aleitamento a região mais acometida foi a região anterior direita superior (RADS), e no grupo desmamado foi a região anterior esquerda superior (RAES), no grupo dos adultos a região mais infestada foi a região anterior direita superior (RADS), a pelagem mais infestada foi a preta pintada de branco (média 36,69 por animal), as pelagens menos infestadas foram a vermelha em tonalidades típicas (média 14,13 por animal) e a castanho claro e escuro (12,33). Os maiores índices ocorreram em novembro e dezembro enquanto os mais baixos em junho e julho. Com relação à precipitação pluviométrica e à umidade relativa do ar, cada aumento de 1mm³ de água ocasionou um acréscimo médio de 1,03 no risco relativo da ocorrência de dermatobiose, e a cada aumento de 1 grau na temperatura média, ocorreu um aumento médio de 1,14 no risco relativo para a infestação. Os resultados foram significativos para todas as variáveis climáticas estudadas. Pode-se afirmar que os animais ideais neste criatório são os de pelagem castanha e vermelha em tonalidades típicas. Não se pode afirmar que existe influencia do decúbito látero-external direito no lado corporal parasitado. O fator climático que mais influenciou a dermatobiose foi a temperatura O sistema de manejo orgânico empregado foi capaz de manter os animais em nível de infecção segura, onde a carga parasitária não foi capaz de causar doença clínica nos bovinos.