Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barbi, Lucia Helen Vicente
 |
Orientador(a): |
Gonçalves, Sílvia Maria Melo
 |
Banca de defesa: |
Gonçalves, Sílvia Maria Melo
,
Naiff, Luciene Alves Miguez
,
Bernardino, Adriana Vasconcelos da Silva
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
|
Departamento: |
Instituto de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14407
|
Resumo: |
A partir da promulgação da Constituição Federal em 1988, a Assistência Social assumiu o caráter de Política Pública de Seguridade Social, juntamente com a Saúde e a Previdência, sendo ressignificada e afastando-se do caráter assistencialista assumido até então. Em virtude da nova condição da Assistência Social no país, foram criados mecanismos legais para a organização de serviços, programas, projetos e benefícios, tendo como base o território e a centralidade da família. Dentro destes mecanismos, encontra-se o Serviço de Proteção Social Especial, voltado ao atendimento assistencial de famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, seja por abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, dentre outros, com a finalidade de fortalecer e resgatar vínculos familiares e comunitários, ou auxiliar na construção de novas referências. A institucionalização de crianças e adolescentes no Brasil, atualmente, é amparada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e mediada pelo Serviço de Proteção Social Especial, onde, obrigatoriamente, deve haver a atuação de profissionais da Psicologia. Com o intuito de compreender as dinâmicas de atuação e desafios dos psicólogos inseridos em entidades de acolhimento infanto-juvenil, o presente trabalho constitui-se em uma pesquisa qualitativa e exploratória, que objetivou identificar as práticas dos psicólogos em entidades de acolhimento de acolhimento do tipo “Abrigo Institucional”, avaliar os limites para suas intervenções e analisar os principais desafios a serem enfrentados na prática institucional. Para isso, o método de pesquisa consistiu na aplicação de entrevistas semiestruturadas com duas psicólogas atuantes em abrigos institucionais de municípios da Baixada Fluminense, que foram analisadas sob a ótica da Psicologia Social Comunitária. Observou-se que a prática psi nessas instituições é voltada para o fortalecimento identitário dos indivíduos acolhidos através da promoção de atividades lúdicas, conversas em grupo e individuais. Os principais desafios para a atuação profissional advêm dos impasses para se estabelecer a intersetorialidade entre os mecanismos da rede de Assistência Social dos municípios e os limites para sua atuação residem na dificuldade em ter a especificidade de sua profissão reconhecida por membros do judiciário e da própria equipe em que atuam. Ademais, a ausência de um referencial teórico específico para as práticas dos psicólogos nos serviços de acolhimento institucional impossibilita a padronização do atendimento, conforme preconizado no Sistema Único de Assistência Social. Os resultados obtidos apontam que, mesmo com a ausência de referencial, a atuação dos psicólogos nesse contexto visa a mudança social através da conscientização dos indivíduos acolhidos sobre o lugar que ocupam na sociedade. |