Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Mônica Alves
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Orientador(a): |
Assis, Renato Linhares de
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Banca de defesa: |
Assis, Renato Linhares de,
Carvalho, Eveline Barbosa Silva,
Oliveira, José Antônio Puppim de,
Barros, Regina Cohen,
Guedes, Cezar Augusto Miranda |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9875
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Resumo: |
Um dos problemas do desenvolvimento de áreas deprimidas consiste em conciliar a expansão de atividades produtivas com cuidados relacionados ao meio ambiente. Por muito tempo isoladas, as montanhas enfrentam dificuldades relativas à infraestrutura e também devido às vulnerabilidades naturais a elas afetas. Ao mesmo tempo, a paisagem dos ambientes de montanha, por seu valor estético, natural e cultural carrega atributos que podem ser incorporados aos produtos de base local. A paisagem deve ser compreendida a partir de diferentes perspectivas, incluindo percepções sensoriais e também contemplando a relação humana com o meio físico e cultural; a paisagem, portanto, consiste em uma construção mental, resultado da experiência pessoal. Em sintonia com os fundamentos da Nova Economia, que abraça elementos intangíveis, entre os quais os fatores locacionais, como fontes de geração de valor, a paisagem se qualifica como tal, portanto, creditada desse potencial. Como paisagem diferenciada, a associada à montanha estimula a imaginação, despertando interesse pela mesma e assim dotando-a de atributos, que se transferem aos produtos com ela sintonizados. Em ambientes de montanha, a valorização da paisagem contribui para a harmonização de iniciativas simultâneas de conservação do meio ambiente com a expansão da produção e criação de oportunidades econômicas para a população local. Na região do Maciço de Baturité (Ceará), a produção de café tem modificado a paisagem de diferentes formas nos últimos dois séculos. Inicialmente produzido à sombra, o café contribuiu para a preservação da mata. Entretanto, políticas agrícolas equivocadas forçaram a substituição desse cultivo pelo sistema exposto ao sol, o que se mostrou um fracasso, tendo ainda agravado os impactos ambientais resultantes do desmatamento. Nos últimos anos, o retorno ao café sombreado, seguindo processo produtivo ecológico tem apontado resultados encorajadores em termos de qualidade do produto e de cuidados com o meio ambiente. Em Guaramiranga, município integrante do Maciço de Baturité, e considerada a maior referência de montanhas no Ceará, a produção de café sombreado (café verde) guarda estreita relação com a paisagem local, recolhendo dessa traços de sua identidade, incorporando seus atributos e assim alcançando ganhos em termos de agregação de valor. A experiência do café verde de Guaramiranga aponta para oportunidades de trabalhar a paisagem de forma integrada, associando, com sucesso, a produção agrícola, com turismo, cultura e atividades correlatas, e com a qualificação ambiental, na perspectiva do desenvolvimento sustentável. |