Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carlos Antônio dos
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Orientador(a): |
Carmo, Margarida Goréte Ferreira do
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Banca de defesa: |
Carmo, Margarida Goréte Ferreira do,
Guerra, José Guilherme Marinho,
Santos, Fabiana Soares dos,
Leal, Marco Antonio de Almeida,
Silveira, Silvaldo Felipe da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10023
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Resumo: |
As hortaliças da família Brassicaceae, exigentes em fertilidade, manejo e clima frio, apresentam grande valor nutricional e de mercado. No Estado do Rio de Janeiro, sua produção se concentra na Região Serrana, em propriedades familiares com configuração típica de agricultura de montanha em região tropical, sob manejo intensivo e com relatos de impactos ambientais e perdas de produtividade devido à ocorrência de doenças. Dentro deste contexto, desenvolveu-se o presente trabalho delineado com os seguintes objetivos: 1) Investigar os principais aspectos, práticas de manejo e problemas relacionados à produção de couve comum em região representativa para esta cultura; 2) propor e testar estratégias de manejo de solo, fitotécnico e de controle da hérnia das crucíferas para a cultura de brócolis; 3) avaliar os impactos das práticas de manejo e de insumos na qualidade das hortaliças e contaminação por metais. Inicialmente, realizaram-se coletas de amostras de solo e de plantas de couve-comum em áreas de produção familiar na região de Petrópolis, RJ, seguidas de avaliação dos atributos de solo, produção de biomassa e intensidade da hérnia das crucíferas (Capítulo I). Registraram-se falhas no manejo que podem estar colaborando para a ocorrência generalizada da doença, como o cultivo sequencial de espécies hospedeiras e a não realização de análise de solo nem de calagem. A doença foi mais severa em áreas com solos mais ácidos e com maior teor de Al3+, e com maior acúmulo de água (maior Topographic Wetness Index - TWI). Em seguida, estudaram-se estratégias de manejo visando o aumento do rendimento da cultura de brócolis e a redução das perdas causadas pela hérnia das crucíferas, em dois ensaios distintos (Capítulo II). No primeiro ensaio, avaliou-se a incorporação de quatro tipos de pré-cultivos (crotalária, milho, coentro e vegetação espontânea) associada ao uso de mudas de brócolis de diferentes tamanhos. No segundo, avaliou-se o uso de corretivos, calcário e escória de siderurgia, associado à aplicação de esterco de “cama” de aviário, fresca ou compostada por 45 dias. A incorporação da biomassa da crotalária e do coentro e a utilização de mudas maiores (célula de 35 cm3 e idade de 28 dias e célula de 50 cm3 e idade de 32 dias), resultaram em menor intensidade da doença, maior desenvolvimento das plantas e produtividade. A aplicação de “cama” de aviário aumentou a intensidade da doença, mas não afetou a produtividade. A aplicação de escória de siderurgia não diferiu do calcário quanto à correção da acidez e desenvolvimento das plantas. No Capítulo III, foi analisada a contaminação de plantas de brócolis por metais em função do uso da escória de siderurgia e da cama de aviário. Determinaram-se os teores, translocação e acúmulo de metais, e riscos à saúde humana associados ao consumo das inflorescências produzidas. Os metais Pb e Cd foram os que mais colaboram para os riscos não-carcinogênicos à saúde. Nas inflorescências acumularam-se 60 a 66% de todo o Pb absorvido ao se utilizar, simultaneamente, escória e cama de aviário fresca ou compostada. Com base nos índices calculados foi possível concluir que o consumo de inflorescências produzidas com o uso combinado destes insumos pode resultar em riscos a saúde. |