Influência dos fungos dark septate sobre absorção de nutrientes e crescimento de plantas de arroz e tomate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Torres Júnior, Carlos Vergara lattes
Orientador(a): Xavier, Gustavo Ribeiro
Banca de defesa: Xavier, Gustavo Ribeiro, Santos, Leandro Azevedo, Rouws, Luc Felicianus Marie
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
pH
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10648
Resumo: Os fungos dark septate podem ser utilizados como promotores do crescimento vegetal. Contudo, a forma como estes fungos estabelecem associação com o seu hospedeiro ainda não é totalmente compreendida. Este trabalho teve por objetivo caracterizar fungos dark septate e avaliar absorção de nutrientes e crescimento de plantas de arroz e tomate inoculadas com estes fungos. Utilizando-se delineamento de blocos casualizados, isolados de FEDS, obtidos de Oryza glumaepatula, foram caracterizados quanto a capacidade para alterar pH do meio ágar-batata-dextrose (BDA) com azul de bromotimol, quanto ao crescimento em diferentes pHs (4, 5, 7 e 8), quanto a capacidade para solubilizar fosfato de cálcio e utilizar fontes orgânicas e/ou inorgânicas de nutrientes. Outros ensaios foram conduzidos em condições de câmara de crescimento e os tratamentos consistiram de plantas de arroz (variedade Piauí) e tomate (cultivar Santa Clara I-5300), com e sem inoculação com diferentes isolados de fungos dark septate (ERR 01, ERR 16, ERR 26 e ERR 42). Nesses ensaios foram determinados os parâmetros cinéticos, Vmáx e KM, da absorção de NO3-, teores de N-NO3-, N-NH4+, N-amino livre, açúcares solúveis e macronutrientes. Os resultados mostraram que os fungos ERR 02 e ERR 04 alcalinizaram o meio e os demais o acidificaram. No teste com os diferentes pHs foi possível observar que apenas o crescimento dos fungos ERR 02 e ERR 46 não foi influenciado pelas faixas de pH testadas. Nenhum dos isolados testado foi capaz de solubilizar o fosfato de cálcio. Foi possível observar ainda que o isolado ERR 04 desenvolveu-se melhor na presença de fontes orgânicas e/ou inorgânicas de nutrientes, comparativamente aos demais isolados. Os resultados do experimento com arroz mostraram que as plantas inoculadas com os fungos ERR 16 e ERR 01 apresentaram um KM menor da absorção de NO3-, comparativamente ao controle. Além disso, nas plantas inoculadas com o fungo ERR 16 foram observados, incrementos no conteúdo de N-amino, açucares solúveis, nos conteúdos de N, P, K, Mg e S, na massa fresca e seca de raiz e parte aérea, na altura e no número de perfilhos por planta, comparativamente ao controle. Os resultados do experimento com tomate mostraram que as plantas inoculadas com os fungos ERR 01 e ERR 42 apresentaram incrementos significativos nos conteúdos açúcares solúveis, P, K, Mg e S, na massa de raiz, caule, folha e parte aérea seca, quando comparado ao controle. Além disso, no tratamento inoculado com ERR 42 se observou maior Vmáx da absorção de NO3-. O estudo mostra que os isolados ERR 02 e ERR 46 não são influenciados pelos diferentes pHs testados e que o isolado ERR 04 é promissor para testes de avaliação da transferência de nutrientes da matéria orgânica para seu hospedeiro. Além disso, o fungo ERR 16 apresenta potencial para a promoção do crescimento vegetal do arroz e os fungos ERR 01 e ERR 42 para tomate.