Potencial de fungos endofíticos negros (Dark septate endophytes) em colonizar e reduzir efeitos de estresse hídrico em plantas de arroz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Silvana Gomes dos lattes
Orientador(a): Berbara, Ricardo Luiz Louro lattes
Banca de defesa: Santos, Leandro Azevedo, Rouws, Luc Felicianus Marie
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
DSE
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10682
Resumo: O estresse por restrição hídrica é uma das mais importantes limitações ao desenvolvimento dos vegetais. Fungos endofíticos negros septados - DSE são relatados como capazes de induzir tolerância ao estresse hídrico em plantas. Objetivou-se através deste trabalho avaliar a capacidade de quatro isolados de DSE em colonizar as variedades de arroz Nipponbare e Piauí e promover o crescimento destas variedades em condição de estresse hídrico, além da avaliação do crescimento destes isolados in vitro em condições de estresse hídrico e salino. O experimento de colonização consistiu na inoculação das sementes com micélio fúngico e crescimento das plantas em tubos contendo 50 ml de meio Phytagel (5g L-1) dissolvido em solução de Hoagland. Para avaliar o crescimento dos DSE em condições de estresse in vitro depositou-se discos de micélio fúngico em placas de Petri contendo meio BDA adicionado de cloreto de sódio (NaCl) em diferentes concentrações e em meio Phytagel adicionado de polietilenoglicol 6000 (PEG). O efeito dos DSE em reduzir o estresse por deficiência hídrica em arroz foi avaliado pela condução de 2 experimentos. O primeiro para avaliar as variáveis relacionadas a promoção de crescimento (massa fresca e seca da raiz e parte aérea e altura das plantas) e o segundo, realizado a partir da pré-seleção dos fungos e das doses de PEG definidas no primeiro ensaio. No segundo experimento foram avaliados os teores de proteínas totais em folhas e atividade das enzimas catalase (CAT) e ascorbato peroxidases (APX). As plantas foram cultivadas em meio Phytagel (2,5 L) com solução de Hoagland completa e acrescidas de doses crescentes de PEG, e permaneceram durante 30 dias em condições controladas de temperatura, umidade e fotoperíodo. Observou-se que todos os isolados avaliados colonizaram as raízes de ambas as variedades de arroz pela presença de hifas septadas e escuras. Os DSE apresentaram diferentes níveis de tolerância à salinidade e ao estresse hídrico in vitro. O isolado Err 04 não teve seu crescimento afetado pela adição de NaCl e foi favorecido com a o aumento da restrição hídrica do meio de cultura e o isolado Err 01 mostrou-se o mais sensível a ambos os estresses submetidos. Quando inoculado o isolado Err 46 na ausência do PEG apresentou maiores incrementos na altura e massas frescas e secas das plantas quando inoculado na variedade Nipponbare. No entanto, na presença da restrição hídrica -0,1 Mpa o isolado Err 01 apresentou-se estatisticamente superior em todos os parâmetros avaliados e em ambas às variedades. Respostas significativas à inoculação com exceção da MSR, só foram observadas até a resistência hídrica de -0,2 Mpa. A inoculação do isolado Err 01 reduziu o efeito do estresse oxidativo nas plantas evidenciado pela redução na atividade das enzimas antioxidantes em quase todos os tratamentos. Fungos DSE mostraram capazes de aumentar a tolerância de plantas de arroz ao estresse por deficiência hídrica.