A reflexão decolonial em debate no ensino de história: o que dizem teses e dissertações em educação sobre o tema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Ana Paula Cerqueira lattes
Orientador(a): Oliveira, Luiz Fernandes de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Luiz Fernandes de lattes, Antunes, Viviane Conceição lattes, Pereira, Amilcar Araujo lattes, Lima e Souza, Mônica lattes, Lins, Mônica Regina Ferreira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9915
Resumo: Historicamente o contexto do ensino de História no Brasil se constituiu tendo por base o compromisso de sedimentar a herança da modernidade europeia nos trópicos, sendo muito recentes os movimentos críticos à modernidade a partir do giro epistemológico proposto pelo pensamento decolonial. O objetivo geral desta tese é analisar o conjunto de teses e dissertações disponibilizadas no catálogo da CAPES, no campo da educação, onde a perspectiva teórica da M/C tenha sido utilizada. O recorte temporal proposto é o período de 1995 a 2018. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que lança mão de uma metodologia exploratória para o mapeamento dos dados coletados. A pesquisa está estruturada em quatro capítulos. O primeiro descreve a trajetória da pesquisadora desde a graduação em História até o doutoramento para apresentar os caminhos percorridos no plano de sua formação pessoal e acadêmica que viabilizaram o reconhecimento do modus operandi da colonialidade como também as possibilidades de atuação e pensamento a partir das brechas que uma epistemologia fronteiriça (MIGNOLO, 2017) pode oferecer. O segundo capítulo apresenta reflexões propostas em torno do eixo temático relacionado ao ensino de História e em que medida as teorias da história e a prática docente trazem marcas da colonialidade do saber, assim como historiciza caminhos que a historiografia brasileira percorreu, para perceber o quanto da tradição eurocêntrica esteve presente na formação dos quadros institucionais de produção do conhecimento acadêmico e mesmo escolar em nosso país, sobretudo a partir do século XIX. No terceiro capítulo apresenta etapas percorridas na atividade de levantamento nas teses e dissertações, além da quantificação, classificação e contextualização das produções encontradas. O quarto capítulo analisa os conteúdos das dissertações e teses encontradas que atenderam aos requisitos propostos para a presente pesquisa. As considerações finais anunciam que os achados da pesquisa pontuam que o ensino de história ainda esteja profundamente marcado por uma colonialidade do saber que ratifica modelos e estruturas societárias excludentes; os trabalhos analisados, cada qual a sua maneira, denunciam a operacionalidade da colonialidade que nos constitui e nos convidam a pensar que uma educação libertária se faz toda vez em que o Outro é reconhecido em sua inteireza e história