Exigência de lisina digestível para frangos de corte de menor potencial genético para crescimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brasil, Ronner Joaquim Mendonça lattes
Orientador(a): Lima, Cristina Amorim Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Gomes, Augusto Vidal da Costa, Vieites, Flavio Medeiros
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14819
Resumo: A lisina é um aminoácido essencial utilizado como referência em rações formuladas com base no conceito de proteína ideal. A determinação da real exigência de lisina é de grande importância na formulação de rações eficientes, sem limitações ou excessos de aminoácidos. Três experimentos foram conduzidos no Setor de Avicultura do Centro de Produção Integrada da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, com os objetivos de estimar as exigências de lisina digestível para frangos de corte de menor potencial genético para crescimento, através da avaliação do desempenho, características de carcaça e de qualidade da carne do peito. O primeiro experimento corresponde a fase de crescimento I (29-49 dias), o segundo a fase de crescimento II (50-69 dias) e o terceiro a fase final (70-84 dias), sendo que em cada experimento foram utilizados frangos distintos. Todos os experimentos foram conduzidos em delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos, quatro repetições e 20 unidades experimentais. Os tratamentos foram constituídos com valores crescentes de lisina digestível obtidos a partir da adição de L-Lisina HCl à dieta basal, em substituição ao ingrediente amido de milho., sendo: 0,871; 1,011; 1,151; 1,291 e 1,431% na fase de crescimento I; 0,803; 0,943; 1,083; 1,223 e 1,363% na fase de crescimento II; e 0,766, 0,906; 1,046; 1,186% e 1,326% na fase final. Nas três fases estudadas os valores de lisina digestível influenciaram de forma quadrática o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. O consumo de lisina aumentou com os valores crescentes de lisina digestível, no entanto foi verificado uma redução na eficiência de utilização de lisina. Foi possível a estimativa das exigências nutricionais para o consumo de ração (1,298; 1,109; 1,150%), ganho de peso (1,183; 1,199; 1,162%) e conversão alimentar (1,203; 1,162; 1,126%), respectivamente para as fases de crescimento I, II e final. Os pesos absolutos e rendimentos de carcaça e cortes foram influenciados pelos valores de lisina digestível das rações, sendo que na fase de crescimento I o maior rendimento de carcaça (73,62%) foi estimado no valor de 1,162%, na fase de crescimento II (74,24%) no valor de 1,068%, e na fase final (69,34%) no valor de 1,065% de lisina digestível. Para composição química da carne do peito, nos frangos abatidos aos 70 dias de idade (fase de crescimento II) foi verificado efeito linear crescente no porcentual de umidade e proteína bruta, e decrescente no porcentual de extrato etéreo. Já nos frangos abatidos aos 85 dias de idade (fase final), não foi constatado efeito significativo. Nos frangos abatidos aos 70 e 85 dias de idade, as perdas de peso por descongelamento e cozimento na carne do peito foram significativas, aumentando a medida que aumentou os valores de lisina digestível. Para otimização da conversão alimentar de frangos de corte Redbro Plumé podem ser recomendados, respectivamente, 1,203, 1,162 e 1,126% de lisina digestível na dieta nas fases de 29 a 49, 50 a 69 e 70 a 84 dias de idade, correspondendo a uma relação lisina digestível:proteína bruta de 6,09; 6,34 e 6,36%.