Crescimento da Cana-de-açúcar cultivada sob diferentes sistemas de plantio e colheita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Tavares, Orlando Carlos Huertas lattes
Orientador(a): Lima, Eduardo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10527
Resumo: As pesquisas sobre manejo da colheita da cana-de-açúcar em ambiente de tabuleiro carecem de informações sobre efeito de longo prazo. Esse estudo é uma continuação de dois experimentos que há 16 anos vem sendo conduzidos em Linhares, ES. Tratam-se dos ensaios mais antigos no país investigando sistema de colheita de cana com queima e sem queima da palhada. A hipótese principal foi a de ganho de produtividade da cana-planta nos tratamentos sem queima antes da colheita. Outro aspecto importante para o manejo do plantio da cana nas áreas de tabuleiro e a influencia direta no custo de produção da cultura em função da forma de preparo do solo. O estudo foi dividido em dois capítulos, sendo o objetivo do primeiro avaliar o crescimento da cana planta, através dos parâmetros: altura, diâmetro e perfilhamento; e o rendimento da cana planta, em sistemas de colheita com a alternância de formas de manejo da colheita: cana crua-crua, crua-queimada, queimada-crua e queimada-queimada. O segundo capítulo teve como objetivo avaliar os efeitos de sistemas de preparo do solo, convencional e cultivo mínimo, e sua interação com sistemas de colheita cana crua e queimada sobre o crescimento e produtividade da cana planta. A variedade da cana-de-açúcar (Saccharum sp.) utilizada foi RB867515 e o solo classificado como Argissolo Amarelo. Os dados foram obtidos em 2005 e 2006. Os parâmetros avaliados foram: altura, diâmetro e número de colmos m-1, aporte de matéria orgânica e rendimento da cana-de-açúcar. Foi adotada uma regressão polinomial exponencial de 2º e 3º graus para adaptar os dados às curvas de crescimento, em ambos os experimentos. O delineamento experimental no primeiro estudo foi o de parcelas subdivididas com seis repetições. A segunda renovação do canavial foi feita após sete ciclos de cultivo, implantada com cultivo mínimo e com as seguintes sucessões de sistemas de colheita: cana crua para crua (CC), cana crua para queimada (CQ), cana queimada para queimada (QQ) e cana queimada para crua (QC). Os resultados mostraram que a altura e diâmetro dos colmos foram influenciados pelas práticas de manejo de colheita. Não foi observada diferença significativa no número de colmos por metro linear, ou na produtividade de colmos em função dos sistemas de colheita. Já no segundo capitulo, a área experimental foi cultivada sob preparo convencional durante 16 anos, sem replantio, com manejo de colheita cana-crua e cana-queimada e em 2005 houve a primeira renovação do canavial. O delineamento experimental foi em faixas com parcelas subdivididas e seis repetições, dos seguintes tratamentos: parcelas (preparo convencional e cultivo mínimo) e subparcelas (cana crua e cana queimada). A renovação do canavial após 16 anos de cultivo, a altura e diâmetro dos colmos foram afetados pelo cultivo e manejo de colheita. O número de colmos foi maior para o preparo convencional e na cana-crua. Não ocorreram diferenças na produtividade de colmos em ambos os sistemas, a produtividade de palha foi afetada pelo preparo do solo e produtividade de pontas foi afetada pelo sistema de colheita, com isso aumentou a capacidade da planta em fornecer fotoassimilados ao colmo no final do ciclo da cana.