Efeito do biofertilizante Agrobio no cultivo agroecológico de beterraba (Beta vulgaris L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cruz, Daiara Paranhos da lattes
Orientador(a): Rumjanek, Norma Gouvêa
Banca de defesa: Rumjanek, Norma Gouvêa, Leal, Marco Antônio de Almeida, Fernandes, Maria do Carmo de Araújo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10479
Resumo: A utilização de biofertilizantes na produção de hortaliças é cada vez mais comum entre os agricultores, contribuindo para a produtividade e para a fitossanidade. O biofertilizante Agrobio é produzido a partir da atividade microbiana em sistema aberto em substrato composto por água, esterco bovino fresco, melaço, leite e sais minerais (micronutrientes). O objetivo do trabalho foi avaliar a influência do Agrobio no desenvolvimento da beterraba cultivada na região do Litoral Norte da Bahia, município de Esplanada / BA, sob manejo agroecológico de produção isento de agrotóxicos e adubos solúveis. As mudas de beterrabas foram produzidas em bandejas de polietileno com 128 células, abastecidas com substrato comercial. Utilizou-se sementes da cultivar Katrina que foram previamente imersas em água destilada por 24 horas. As aplicações do Agrobio foram realizadas duas vezes nas mudas (6 e 13 dias após a semeadura, DAS) e/ou duas ou quatro aplicações após o transplantio (14, 23, 30 e 85 dias após o transplantio, DAT). Cinco mililitros de Agrobio a 5% foram aplicados na região do colo das mudas nas bandejas e das plantas encanteiradas. Foram realizadas três avaliações na fase de mudas, aos 13, 20 e 30 DAS, e três após o transplantio, aos 14, 23 e 30 DAT. Foram avaliados os seguintes parâmetros: altura, número de folhas e área foliar; e, ao final do ciclo, a matéria seca das raízes tuberosas. Os dados obtidos foram submetidos às análises da normalidade dos resíduos (teste de Shapiro-Wilk), de homogeneidade das variâncias dos resíduos (teste Bartlett), de variância (ANAVA a 5%) e de comparação de médias (teste de Tukey) a 5%. Durante a fase de mudas, a aplicação do Agrobio resultou aos 30 DAS em aumento de 50 e 75%, respectivamente, na altura e no número de folhas em relação ao controle. Em termos de área foliar, nesse mesmo período foram verificados valores cerca de oito vezes maiores do que os do controle. Após o transplantio, a aplicação do biofertilizante durante a fase de mudas promoveu aumento na altura das plantas em relação ao controle de cerca de 60% enquanto, as plantas que receberam o biofertilizante após o transplantio, mostraram aumento mais reduzidos de cerca de 20%. Já quando foram realizadas aplicações em ambas as fases, os resultados foram superiores àqueles provenientes da aplicação em uma única fase. Aos 92 DAT, as maiores produtividades de raízes tuberosas foram obtidas após duas aplicações na fase de mudas e quatro aplicações após o transplantio, correspondendo a aumento em torno de 60% em relação ao controle. Foi detectada a presença de sintomas de infecção por nematóide-das-galhas (Meloidogyne spp.) nas raízes tuberosas, porém uma avaliação visual revelou que os sintomas foram mais severos nas plantas controle, onde a incidência foi observada em todos os materiais. Já a aplicação concomitante do Agrobio na fase de mudas e canteiros promoveu uma redução visual dos sintomas de incidência de nematoides, o que pode estar associado ao aumento de produtividade. O biofertilizante Agrobio é capaz de contribuir para a produtividade e qualidade de raízes tuberosas de beterraba produzida sob manejo agroecológico.