A atividade nematicida de extratos aquosos e tinturas vegetais sobre Meloidogyne javanica (Treub, 1885) Chitwood, 1949

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gardiano, Cristiane Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4446
Resumo: O emprego de plantas com propriedades nematicidas para o controle de fitonematóides, vem sendo muito estudado. O uso de extratos vegetais representa mais uma alternativa, com valor prático e econômico no controle de fitonematóides em pequenas áreas. As plantas possuem substâncias denominadas metabólitos secundários que possuem diversas funções, dentre elas a de proteger a planta contra o ataque de organismos patogênicos. O trabalho teve como objetivos, avaliar o potencial de extratos aquosos de diversas espécies de plantas sobre M. javanica, aplicados via pulverização foliar e via adição ao solo, e avaliar o potencial de tinturas de várias espécies de plantas sobre M. javanica, aplicadas via pulverização foliar. Os extratos aquosos foram preparados utilizando-se 1 g de material vegetal para 10 mL de água destilada e essa mistura permaneceu em repouso por 24 h, e posteriormente filtrada. A tintura foi preparada utilizando-se a proporção de 1:4 para plantas secas (100 g de folhagem seca para 400 mL de álcool 70%) e 1:2 para plantas frescas (100 gramas de folhagem fresca para 200 mL de álcool 90%). Essas misturas permaneceram em repouso por 15 dias ao abrigo da luz, sendo posteriormente coadas e armazenadas em frascos escuros. A concentração da tintura pulverizada nas plantas de tomateiro foi 1:1 (1 mL de tintura para 10 mL de água destilada). Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação onde se avaliou o número de galhas e de ovos em raízes de tomateiro e também a altura e peso da parte aérea e sistema radicular dessas plantas. No primeiro experimento avaliou-se o efeito de extratos aquosos aplicados via pulverização foliar, verificando-se que o extrato de folhas de guiné (Petiveria alliacea) reduziu o número de galhas em 61%. No segundo experimento, avaliaram-se esses mesmo extratos aquosos aplicados via adição ao solo, e observou-se que os extratos de hortelã (Mentha spp.), bardana (Arctium lappa ) e mamona (Ricinus communis) reduziram o número de galhas em 75,6%, 65,7% e 54,4% e o número de ovos em 81,7%, 75,9% e 56,6%, respectivamente. No terceiro experimento, onde se avaliou o potencial de tinturas de várias espécies de plantas, aplicados via pulverização foliar, sobre M. javanica, as tinturas de guiné, nim (Azadirachta indica) e cinamomo (Melia azedarach), apresentaram redução no número de galhas em 100%, 100% e 80,36% e número de ovos em 99,72%, 98,90% e 81,58%, respectivamente. Com os resultados obtidos nos experimentos, conclui-se que extratos aquosos e tinturas obtidos de plantas, aplicados via pulverização foliar ou adicionados ao solo, representam uma opção prática e de baixo custo para o pequeno produtor, no controle de fitonematóides, e, além disso, não contaminam o ambiente pelo fato de serem derivados de ingredientes naturais.