Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ayalla Oliveira
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Orientador(a): |
Moreira, Vania Maria Losada
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Banca de defesa: |
Moreira, Vania Maria Losada
,
Mattos, Izabel Missagia de
,
Mahony, Mary Ann
,
Oliveira Filho, Joao Pacheco de
,
Dias, Marcelo Henrique
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10076
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Resumo: |
Na segunda metade do século XIX, a Bahia dedicou atenção à colonização nacional apresentado especial interesse pela região sul da província. O maior afinco voltado à política de colonização estava associado ao interesse em expandir a fronteira da ocupação e da agricultura nas comarcas ao sul cujas terras eram apropriadas ao plantio do cacau, que já despertava interesse comercial. Ao mesmo tempo em que era pouco ocupada pela colonização, a região sul da Bahia era tenazmente habitada por diversos povos indígenas e grupos étnicos. Nesse sentido, a política indigenista na Bahia caminhou afinada à política de colonização. Por meio da massa documental administrativa, compulsada no Arquivo Público do Estado da Bahia e cotejada por fundos documentais de outras instituições de pesquisa, pudemos acompanhar a construção de um discurso sobre a decadência dos aldeamentos indígenas e o desenvolvimento nos campos discursivo e prático de uma política de colonização destinada a nacionalizar os indígenas. Esta tese se debruça especialmente sobre a região sul-oeste no corredor regional entre as vilas de Ilhéus e Vitória, comarcas de Ilhéus e Caetité, respectivamente. A política de colonização em voga nesta faixa regional destituía dos indígenas os direitos que a política indigenista do Império parcialmente lhes assegurava, inserindo-os em uma política mais nociva que sequer reconhecia seu status de índios cujos direitos o Decreto de nº 426 garantia. Reiteradamente, os tupinambás, camacãs, pataxós e os genericamente denominados botocudos responderam insistentemente e de diferentes maneiras à realidade da expansão colonizadora e da fronteira agrícola regional. Alguns grupos indígenas dessa porção sul da Bahia atacaram roças, fazendas e tropas, empreendendo uma declarada e engenhosa guerra; outros grupos, porém, responderam por meio de alianças com os particulares e os capuchinhos ou, ainda, assumiram novas categorias indenitárias e papéis sociais. Esta tese sustenta a hipótese de que no sul da Bahia, a política indigenista oficial foi flexibilizada e atualizada por uma política mais nociva, pouco ou nada interessada em garantir os direitos indígenas. Entretanto, como protagonistas das suas trajetórias de vida, os indígenas forjaram novas formas de ser índio a fim de manter-se na nova lógica política, econômica e social que lhes era apresentada |