Cidade emoldurada: as desigualdades e limitações do acesso à arte no Rio de Janeiro e às produções artísticas da zona oeste da cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Suzano, Débora da Silva lattes
Orientador(a): Sant’Anna, Sabrina Marques Parracho
Banca de defesa: Sant’Anna, Sabrina Marques Parracho, Altmann, Eliska, Oliveira, Maria Amália Silva Alves de, Santos, Guilherme Marcondes dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11542
Resumo: Para buscar entender a organização política, social e cultural da Zona Oeste do Rio de Janeiro, é necessário pensar a cidade enquanto o todo. Analisar a política de urbanização carioca, ao longo da história e na atualidade, muito nos revela sobre as desigualdades existentes nesta cidade. Este trabalho buscou partir de dados gerais sobre a arte e cultura no Rio, traçar uma linha de acontecimentos que ampliam e fomentam as estruturas de desigualdade, tendo a arte como elemento deste processo. A hipótese de que incentivos e investimentos são distribuídos de forma bruscamente diferente em áreas de uma mesma cidade, reforçando o quadro de desigualdade, foi testada com o uso das seguintes técnicas: Um mapeamento em toda cidade, com museus e centros culturais reconhecidos pela Prefeitura do Rio, assim demonstrando áreas privilegiadas e preteridas para investimentos em arte e cultura pelo poder público; dados demográficos e de mobilidade urbana também serão apresentados com o objetivo de demostrar que a maior parte da população do Rio tem um acesso dificultado a museus e centros culturais; além de dados extraídos de relatórios de investimentos em equipamentos culturais. A Metodologia dessa pesquisa conta também com análise de dados de redes sociais, entrevistas e incursão teórica. Para falar da atual construção artística e cultural da Zona Oeste da cidade Rio, é necessário voltar ao passado, buscando entender sua construção histórica. A região que mesmo urbanizada, ainda guarda uma memória de tempos rurais áureos, ocupa um lugar de esquecimento na geográfica planejada carioca, e por esse motivo, lida com a urbano de forma conflituosa. Uma região que encontra problemas na saúde, educação e segurança, acaba por olhar para arte e para cultura como algo supérfluo. Desta forma, compreendemos a arte como um dos critérios organizacionais do urbano, assim como elemento de distinção e manutenção da estrutura de desigualdade, reservada para uma determinada elite financeira, mas principalmente intelectual. A Zona Oeste do Rio é uma área que corresponde à 73% do território da cidade, sendo também a área socialmente mais distante do centro.