Aspectos da estrutura populacional da Anchoa januaria (Actinopterygii, Engraulidae) na Baía de Sepetiba e diferenciação morfológica entre duas localidades da costa sudeste-sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Joaquim Neto de Sousa lattes
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson
Banca de defesa: Araújo, Francisco Gerson, Buckup, Paulo Andreas, Monteiro Neto, Cassiano
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10837
Resumo: Foi descrita a proporção sexual de Anchoa januaria (Steindachner 1879) na baía de Sepetiba, visando testar a hipótese de que o dimorfismo sexual ocorre devido aos diferentes papéis reprodutivos dos sexos, apresentando variações espaço-temporal ao longo do desenvolvimento dos indivíduos. Também foi testado se ocorrem variações morfo-merísticas na espécie em duas áreas da costa Sudeste-Sul do Brasil, devido a um eventual isolamento, favorecido pelo comportamento do grupo. Foram utilizados peixes coletados na baía de Sepetiba, entre setembro de 1998 e agosto de 1999, bem como examinada coleção ictiológica do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, para tomada de informações sobre os peixes da costa Paraná (baía de Paranaguá e rio Itiberê). A estrutura da população de A. januaria apresentou-se estratificada, com somente os adultos (CT= 60-80 mm) ocorrendo na parte baixa de rios, provavelmente uma área de desova da espécie, e jovens e adultos (CT=32-80 mm), utilizando as praias como área de criação. Fêmeas atingiram maior tamanho que machos, associado ao maior comprimento do intestino, o que pode possibilitar maior acúmulo de energia para investimento reprodutivo. A proporção sexual dos “cardumes de desova” é bem balanceado (1 fêmea : 1,02 machos) nos rios, e com maioria de fêmeas nas praias (1,63 fêmeas : 1 machos). Estudos morfométricos comparativos entre os espécimes do Rio de Janeiro (C.S.F. e b.S) e do Paraná (r. Itiberê e b. P.) indicaram heterogeneidade nas estruturas corporais, com maior integração para os indivíduos do Paraná, cuja população é mais homogênea, sugerindo que estes últimos encontram-se em um ambiente mais estável para seu desenvolvimento. Dois grupos morfológicos foram detectados, apontando para uma possível separação de populações. Tais diferenças podem estar ligadas ao pouco contato genético entre os espécimes das duas localidades, que pode ser favorecido pelo comportamento reprodutivo e a baixa tolerância a altas salinidades desta espécie.