Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Tasima, Lidia Jorge |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-27102023-132717/
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Resumo: |
Os venenos de serpentes apresentam heterogeneidade considerável e alterações ontogenéticas na composição do veneno já foram observadas em diferentes espécies de serpentes dentro da família Viperidae. Visto que o veneno de filhotes e de adultos causam efeitos patológicos distintos, e que com isso o soro pode apresentar menor eficácia na neutralização de envenenamento por serpentes filhotes em relação aos adultos, é de suma importância entender a variação ontogenética do veneno das serpentes. Com isso, o presente estudo teve como objetivo analisar e comparar o veneno de serpentes B. pauloensis, buscando possíveis influências da ontogenia e do sexo em seus aspectos bioquímicos e biológicos. O veneno dos indivíduos mais novos se mostrou mais complexo em relação às proteínas de alta massa, com uma maior abundância de metaloproteases, enquanto os adultos apresentaram uma abundância maior de proteínas de média e baixa massa, como as fosfolipases A2 (PLA2), lectinas tipo C e serinoproteases. O soro antibotrópico apresentou um imunorreconhecimento melhor com o veneno das serpentes adultas do que as mais jovens, além de uma deficiência no reconhecimento de proteínas de média massa molecular, sugerindo uma necessidade de um aperfeiçoamento do soro antibotrópico. As serpentes mais jovens apresentaram uma maior atividade coagulante, caseinolítica e hemorrágica, enquanto as adultas apresentaram maior atividade de L-aminoácido oxidase (LAAO) e agiram mais rapidamente em relação à letalidade. Diferenças entre machos e fêmeas foram observados principalmente na velocidade de perda da atividade coagulante, na alteração da atividade de PLA2 e no tempo de ação letal. Além disso, considerando apenas os grupos dos adultos, os machos apresentaram uma maior atividade de LAAO e de trombina-símile, enquanto as fêmeas apresentaram uma maior atividade de caseinolítica e de hialuronidase. Com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível concluir que há uma variação ontogenética da composição e de algumas atividades do veneno da serpente B. pauloensis, além de possíveis diferenças entre o veneno dos machos e das fêmeas, reforçando que há uma variação intraespecífica que pode resultar em diferentes sintomas em seu envenenamento e, consequentemente, diferenças na resposta ao tratamento com o soro antiofídico. |