Avaliação de dimorfismo sexual na regulação central do metabolismo energético de camundongos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Gabriel Orefice de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-13012022-220345/
Resumo: A manutenção do peso corporal ideal tem sido um dos maiores desafios enfrentados por homens e mulheres na atualidade. Vivemos hoje uma epidemia de obesidade, que vem causando redução na qualidade de vida e alta taxa de mortalidade em todas as faixas etárias. Por conta disso, diversas abordagens têm sido desenvolvidas para tratar a obesidade, sendo dietas balanceadas e atividades físicas as mais recomendadas. Entretanto, um dos maiores problemas encontrados hoje diz respeito a propensão que o organismo apresenta em adquirir de volta o peso perdido uma vez que os procedimentos utilizados para a perda de peso são parados. Uma característica que precisa ser levada em consideração é que homens e mulheres podem responder fisiologicamente de maneira diferente frente um mesmo tratamento. Assim, torna-se imperativo conhecer os mecanismos específicos que atuam de maneira a realizar a manutenção do peso corporal e a homeostase energética em ambos os sexos. Para testar a hipótese de que os circuitos neurais que regulam o balanço energético apresentam características sexualmente distintas, avaliamos camundongos machos e fêmeas em situações de balanço energético negativo, balanço energético positivo, bem como na responsividade a hormônios envolvidos na manutenção da homeostase energética. Nossos resultados mostraram que as fêmeas apresentam proteção contra os efeitos da restrição calórica, uma vez que resistem a perda de peso e apresentam recuperação mais rápida dessa situação. Vimos também que os machos são mais suscetíveis aos desbalanços metabólicos e glicêmicos causados por alimentação rica em gordura. As fêmeas apresentaram maior sensibilidade à leptina, resistência a grelina e baixa secreção de GH estimulada pela grelina. A ativação neuronal mediada pela grelina, leptina e por situação de jejum não apresentaram dimorfismo sexual. Em conjunto, nossos resultados demonstram que machos e fêmeas são diferentemente afetados por determinadas condições energéticas e apresentam distinta responsividade hormonal, embora a ativação neuronal seja a mesma entre os sexos. Com isso, mais pesquisas visando o desenvolvimento de terapias específicas para cada sexo podem ser boas opções para o tratamento de doenças como a obesidade.