Qualidade do solo de um sistema de plantio direto de hortaliças, sob produção orgânica em Seropédica (RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Camilla Santos Reis de Andrade da lattes
Orientador(a): Pinheiro, Érika Flávia Machado lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Érika Flávia Machado, Pereira, Marcos Gervasio, Madari, Beata Emoke
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10581
Resumo: O sistema de plantio direto é uma prática de manejo que visa a recuperação do potencial produtivo do solo e possibilita o uso sustentável das terras agrícolas. Também apresenta princípios equivalentes com os utilizados nos sistemas orgânicos de produção. Acredita-se que este sistema de manejo, por manter a cobertura vegetal (viva ou morta), reduzir o revolvimento do solo e recomendar a rotação de culturas, constitui-se em uma ferramenta estratégica para potencializar a sustentabilidade do cultivo orgânico de olerícolas. O objetivo geral do trabalho foi avaliar o efeito da implantação do sistema de plantio direto na produtividade de hortaliças sob cultivo orgânico e na qualidade do solo Argissolo Vermelho-Amarelo, em Seropédica (RJ). O estudo foi conduzido no SIPA-Sistema Integrado de Produção Agroecológica, localizado em Seropédica-RJ. Foram avaliadas três práticas de manejo do solo: a) sistema de plantio direto (PD) com o uso de triturador de palha (Triton); b) preparo convencional do solo, com o uso da enxada rotativa (PC-ER) e; c) preparo convencional do solo, com o uso de uma aração e duas gradagens (PC-AG). O plantio das hortaliças foi realizado após o manejo do pré-cultivo que se refere ao consórcio de milho com leguminosa (feijão-de-porco, crotalária e mucuna). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com três tratamentos e quatro repetições. A produtividade das hortaliças foi avaliada durante cinco anos agrícolas. As amostras de terra deformadas e indeformadas, nas camadas de 0-5 e 5-10 cm, foram coletadas em 2018, quatros anos após a implantação do experimento para a avaliação dos seguintes atributos do solo: agregação e teor de carbono orgânico nos agregados, densidade do solo, porosidade total, resistência do solo à penetração, umidade gravimétrica, fração leve da matéria orgânica, fertilidade do solo, estoque de carbono e nitrogênio, carbono orgânico total e macrofauna edáfica. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre as médias dos sistemas de manejo do solo para os atributos físicos avaliados, exceto a resistência à penetração do solo (15-25 cm). Com relação aos atributos químicos e biológicos, os teores de carbono nos agregados do solo, a fração leve livre e a fauna do solo foram os mais sensíveis às práticas de manejo orgânico do solo. Os dois primeiros atributos foram superiores no PC-ER (0-5 cm). O PD favoreceu a maior densidade e riqueza dos grupos da fauna do solo. Como conclusão, observa-se que as diferentes práticas de manejo mantiveram a produtividade das olerícolas num patamar igual ao da média nacional. O tempo de quatro anos de implantação das práticas de manejo do solo é um curto período para verificar diferenças significativas entre os atributos do solo avaliados. Contudo, além da resistência do solo à penetração, a fração leve livre, o teor de carbono orgânico nos macroagregados e a fauna do solo foram os mais sensíveis às mudanças no uso do solo e confirmam o papel da matéria orgânica como indicadora chave de qualidade do solo em estudos de curta duração.