Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Thiago Sampaio de
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Orientador(a): |
Guerra, José Guilherme Marinho
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Banca de defesa: |
Guerra, José Guilherme Marinho
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Resende, André Luis Santos
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Ceddia, Marcos Bacis
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Mendonça, Cláudia Barbieri Ferreira
,
Matrangolo, Walter José Rodrigues
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17635
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Resumo: |
Os sistemas agroecológicos de produção vegetal têm como premissa a diversidade vegetal na área de produção e no seu entorno na busca pela sustentabilidade agrícola. Nesses sistemas, além da geração de renda, certas plantas devem desempenhar funções que otimizem os processos biológicos, assim contribuindo para a conservação da biodiversidade e minimizando o uso de insumos externos à propriedade, com consequente redução de custos. Os adubos verdes, por exemplo, melhoram a fertilidade do solo, ajuda na conservação do solo, da água e da biodiversidade de componentes benéficos. Entre os componentes da biodiversidade associada aos cultivos, tem-se as joaninhas predadoras (Coleoptera: Coccinellidae), que são importantes agentes de controle biológico de pragas, mas sua alimentação pode ser suplementada com pólen e néctar resultando em efeitos positivos na sua sobrevivência, capacidade reprodutiva, longevidade etc. Portanto, plantas provedoras desses recursos florais compondo a vegetação dos sistemas agroecológicos devem auxiliar na conservação e no incremento das populações desses agentes. O estudo foi conduzido no Módulo de Cultivo Orgânico Intensivo de Hortaliças (MCOIH), Fazendinha Agroecológica Km-47 (Seropédica, RJ), e dividido em quatro capítulos com objetivos específicos. O capítulo I objetivou (i) avaliar a viabilidade econômica de um sistema orgânico de produção de diferentes hortaliças, usando apenas adubação de origem estritamente vegetal, com sua rentabilidade estimada pela comercialização no mercado orgânico, convencional e local, (ii) determinar o balanço de nutrientes a partir dos inputs (fontes de adubação) e outputs de nutrientes (colheita) e (iii) caracterizar a entomofauna benéfica presente nessa área. No capítulo II foi realizada a análise faunística e determinou-se a flutuação populacional das joaninhas capturadas no MCOIH. No capítulo III caracterizou-se a distribuição espaço- temporal desses insetos com o uso da geoestatística. No capítulo IV prospectou-se possíveis fontes de pólen para as joaninhas, identificando os grãos de pólen ingeridos pelos adultos desses insetos, com o uso da palinologia. A comercialização das hortaliças produzidas no MCOIH no mercado convencional não é recomendada, visto gerar receita líquida negativa/prejuízo enquanto o mercado orgânico foi o que se destacou positivamente em todos os cenários de avaliação. A diversidade de espécies vegetais cultivadas na área é capaz de manter uma entomofauna também diversificada, mas com predominância de duas famílias de insetos entomófagos (Coccinellidae e Dolichopodidae) e duas de insetos decompositores (Micropezidae e Stratiomyidae). As áreas com monocultivo de hortaliças desfavoreceram a diversidade de joaninhas, ocorrendo o contrário nos policultivos. Um complexo de espécies de joaninhas predadoras está presente no MCOIH, mas Cycloneda sanguinea é a mais frequente, ocorrendo em todo o período do ano. O aumento da captura de joaninhas nem sempre está ligado com a dependência espacial, pois elas podem se apresentar dispersas no MCOIH. O maior número de grãos de pólen foi recuperado de adultos de C. sanguinea. Os adultos de todas as espécies de joaninhas consumiram polens de Asteraceae. Amaranthus viridis (Amaranthaceae), cujos grãos de pólen foram recuperados de adultos de Coleomegilla quadrifasciata, Coleomegilla maculata e C. sanguinea, apresenta potencial como plantas provedoras de pólen no contexto da estratégia do controle biológico conservativo. |