Comparação entre protocolos para obtenção de plasma rico em plaquetas em cães: estudo celular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vidal Junior, André William Masseaux
Orientador(a): Souza, Heloisa Justen Moreira de
Banca de defesa: Souza, Heloisa Justen Moreira de, Xavier, Márcia de Souza, Silva, Ricardo Siqueira da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14079
Resumo: Foi proposto por esse estudo avaliar dois protocolos (PA e PB) para obtenção de PRP canino autólogo, de fácil execução em ambulatório (método semiautomático) e de boa qualidade (capacidade de concentração de plaquetas, avaliação qualitativa da morfologia das plaquetas e reduzida contaminação com eritrócitos), para posteriormente propor diferentes indicações terapêuticas desses PRP como agentes moduladores de recuperação tecidual, de acordo com o padrão celular leucocitário observado. Para isso foram utilizados 20 cães (Canis lupus familiaris) atendidos no Hospital Veterinário da UFRRJ (HV), machos e fêmeas, com idade variando entre 1 e 7 anos (média 4 anos), considerados saudáveis clinica e hematologicamente que se destinavam para cirurgias eletivas e/ou consultas de rotina. Após tricotomia e antissepsia adequadas, eram coletados 8 mL de sangue por venopunção da jugular sendo imediatamente acondicionados em dois frascos de 4 mL, do tipo vacuntainer, contendo citrato de sódio a 3,2%. O protocolo A utilizando centrifugação dupla com 210 xG e 370 xG e protocolo B utilizando centrifugação dupla com 140 xG e 330 xG. Amostras de PRP obtidas a partir de cada protocolo foram destinadas a contagem de plaquetas, hemácias e leucócitos em câmara de Neubauer, contagem diferencial dos leucócitos e observação da morfologia das plaquetas em esfregaços. Analisou-se os dados (médias e desvios padrão) pelo Teste t com 95% de probabilidade (p<0,05) utilizando-se correlação de Pearson para testar a relação entre a contagem de plaquetas e hemácias, plaquetas e leucócitos e leucócitos em relação as hemácias. Houve correlação negativa muito fraca entre plaquetas e leucócitos (ρ= -0,03), negativa fraca entre plaquetas e hemácias (ρ= -0,3) e correlação positiva forte entre leucócitos e hemácias (ρ=0,75). Embora o protocolo B não tenha alcançando a média um milhão de plaquetas desejado (979300 ± 79631 células/µL), ambos os protocolos, A e B (4,42 ± 1,61 e 3,85 ± 1,55 vezes mais plaquetas que o sangue total, respectivamente) (p<0,05) foram eficientes em concentrar plaquetas. Os prolongamentos citoplasmáticos evidenciando ativação plaquetária estiveram presentes em 26,55 ± 6,72 % das plaquetas do protocolo A e 26,25 ± 7,03 % nas do protocolo B (p>0,05). PA e PB apresentaram reduzido número de hemácias (p>0,05) consideradas contaminantes das amostras e, quanto a quantidade de leucócitos, o protocolo A apresentou mais glóbulos brancos (p<0,05) que o protocolo B com maiores concentrações de basófilos, segmentados e linfócitos.