Estrutura da taxocenose de Bromeliaceae em duas áreas de restinga da Ilha da Marambaia, Baía de Sepetiba, RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Wagner Francisco de lattes
Orientador(a): Freitas, André Felippe Nunes de lattes
Banca de defesa: Bonnet, Annete, Araújo, Dorothy Sue Dunn de, Costa, Andréa Ferreira da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11313
Resumo: Hábitats característicos do litoral brasileiro, as restingas são ecossistemas associados ao Domínio da Floresta Atlântica e caracterizam-se por apresentar condições mesoclimáticas consideradas extremas, além de sofrer com intensa ação antrópica. Apesar disso, possuem grande diversidade biológica, sendo a família Bromeliaceae uma das mais representativas nestes habitats. Este estudo visou avaliar a composição, riqueza e a estrutura da taxocenose de Bromeliaceae em duas áreas de restinga localizadas na Ilha da Marambaia, Mangaratiba, RJ. Foram estabelecidas 50 parcelas de 100 m2 em cada uma das duas áreas: a restinga da Praia da Armação (RPA) e a restinga da Praia Grande (RPG). Estas parcelas foram alocadas em linhas paralelas à praia distando 10 m entre si. Em cada parcela foram registradas a riqueza e a abundância de bromélias terrestres e epífitas e mensuradas as características morfométricas dos forófitos, e bem como as distribuições vertical e horizontal das espécies epífitas. Foram amostradas 11 espécies de bromélias e três novas ocorrências para a Marambaia, elevando a riqueza desta localidade para 21 espécies de Bromeliaceae, considerado um valor alto de riqueza. A maior parte das espécies amostradas está incluída em algum nível de ameaça segundo a UICN, o que caracteriza a Ilha da Marambaia como um importante sítio de conservação para a família. A Ilha apresentou baixa similaridade com outras áreas de restinga do RJ e isto pode ser atribuído a sua localização geográfica em relação a estas áreas e ao fato de se tratar de uma região insular. Neoregelia cruenta e Tillandsia stricta são as mais abundantes e são as que possuem os maiores valores de freqüência de ocorrência, fato que está diretamente relacionado às estratégias reprodutivas diferenciadas destas espécies. As necessidades fisiológicas específicas, forma de dispersão e a complexidade estrutural do hábitat fizeram com que houvesse diferenças na ocupação dos forófitos pelas espécies epífitas. Já a distribuição agregada de todas as espécies está relacionada ao mecanismo de ocupação do ambiente utilizado pelas plantas e pela qualidade diferenciada dos substratos oferecidos pelo ambiente e pelos forófitos. De uma forma geral, as espécies tendem a se evitar nas unidades amostrais de acordo, principalmente, com a heterogeneidade do hábitat mas, no entanto, tendem a co-existir nos forófitos uma vez que ocupam as classes de altura de forma diferenciada. Neste estudo, nenhum dos parâmetros morfométricos do forófito explicou as variações dos parâmetros de riqueza e abundância da taxocenose de Bromeliaceae, indicando que outras variáveis devem explicar melhor essas relações.