Fenologia e ecologia da polinização de duas espécies de Bromeliaceae na Ilha da Marambaia, Mangaratiba, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Meireles, Alexandre Santos de lattes
Orientador(a): Freitas, André Felippe Nunes de lattes
Banca de defesa: Freitas, Leandro, Breier, Tiago Boer
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11310
Resumo: A Floresta Atlântica é uma das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade devido ao seu alto grau de endemismo e elevada taxa de destruição de seus hábitats. Considerando a família Bromeliaceae, 28% das espécies ocorrem neste bioma, e cerca de 84% delas são endêmicas. Na Floresta Atlântica e em seus ecossistemas associados, a família Bromeliaceae é considerada ampliadora da biodiversidade por representar uma importante fonte de recursos para uma rica fauna associada, incluindo os polinizadores. A avaliação da fenologia de uma espécie vegetal permite compreender não só a dinâmica de populações e comunidades vegetais, mas também a organização espaço-temporal dos recursos disponíveis para polinizadores. Neste estudo analisamos a fenologia e a guilda de visitantes florais de duas espécies de Bromeliaceae na Ilha da Marambaia, Mangaratiba, RJ. Para tanto, foram marcados 80 indivíduos de Neoregelia cruenta e 50 indivíduos de Vriesea procera. Mensalmente cada indivíduo foi vistoriado e analisado com relação ao seu estado fenológico (não-reprodutivo, em flor, em fruto ou em dispersão). Durante a época de floração das espécies, identificado durante o estudo da fenologia, estabelecemos sítios de observação, onde foram realizadas observações dos visitantes florais, desde o horário anterior ao da abertura das flores, até o horário posterior ao fechamento das mesmas. As observações fenológicas foram realizadas desde 2007 e revelaram a associação do início do período reprodutivo das espécies estudadas com a estação úmida. A frutificação de N. cruenta esteve associada ainda à estação úmida e a frutificação de V. procera à estação seca. Foram registradas 14 espécies realizando visitas às flores de N. cruenta, no entanto, a guilda de visitantes florais desta bromélia foi composta principalmente por abelhas. Para a área de estudo, Bombus sp foi o visitante mais freqüente nas duas estações reprodutivas e foi considerado o potencial polinizador de N. cruenta. Para V. procera Foram registradas cinco espécies de aves (Thalurania glaucopis, Florisuga fusca, Eupetomena macroura, Amazilia fimbriata e Coereba flaveola) e uma espécie de abelha (Trigona spinipes) visitando as flores, sendo Trigona spinipes, o visitante mais freqüente nas duas estações reprodutivas. Entre os animais vertebrados, as aves, principalmente os beija-flores, têm sido citados na literatura como os mais comuns visitantes florais das Bromeliaceae. No presente estudo, considerando as espécies de bromélias observadas, o maior número de visitas ocorreu por invertebrados, principalmente abelhas, no entanto, esses organismos foram considerados os principais visitantes e potenciais polinizadores de N. cruenta, devido a frequência e comportamento durante as visitas, já para V. procera, esses organismos apesar da alta frequência de visitas, não apresentaram comportamento adequado à polinização.