Interpretações da representação política: estudo das tensões entre escolha e deliberação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Anderson Ribeiro da lattes
Orientador(a): Maciel, Marcelo da Costa
Banca de defesa: Maciel, Marcelo da Costa, Carvalho, Nelson Rojas de, D'Ávila Filho, Paula Mesquita
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11490
Resumo: Este trabalho analisa algumas das feições e traços que aparecem na teoria democrática e que a conectam com a representação política. Noções como “igualdade”, “confiança” e “legitimidade” são encaradas aqui como elementos que possuem lastro na democracia antiga de Atenas e que seguiram sendo problematizados pelos modernos. Para isso, o trabalho faz uma revisão bibliográfica, buscando uma aproximação das obras de alguns dos autores da filosofia política clássica e da ciência política moderna. Com o intuito de analisar as origens das acusações de “crise da representação”, o trabalho avança no estudo do método eletivo e do comportamento eleitoral, dando atenção ao momento decisório da atividade deliberativa e a evolução deste lapso na temporalidade política. A partir da autorização eleitoral, buscou-se defrontar dois estudiosos do pensamento político contemporâneo. Bernard Manin e Nádia Urbinati são filósofos políticos que se especializaram no debate da representação, onde adotaram posições distintas em relação à provável interseção entre a democracia e a representação. Enquanto Manin adere a uma visão minimalista da democracia, conferindo à escolha eleitoral o cerne das interações dos cidadãos, Urbinati tenta ampliar a temporalidade, posicionando os cidadãos como sujeitos mobilizadores do discurso público. Em suma, o trabalho visa demonstrar como tais visões da democracia contemporânea seguiram situando a sociedade civil dentro de uma certa “apatia política”, perspectiva fundante do governo representativo.