As representações sociais de universitários sobre as mulheres praticantes de lutas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guerra, Laryssa Rangel lattes
Orientador(a): Naiff, Denis Giovani Monteiro lattes
Banca de defesa: Naiff, Denis Giovani Monteiro lattes, Ruffoni, Ricardo lattes, Peixoto, Álvaro Rafael Santana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20770
Resumo: O fenômeno desportivo é um campo próspero seja na esfera de alto rendimento, quanto na escolar ou de lazer para estudos que envolvam o feminino e sua corporeidade. A mulher tem ocupado mais espaços e conquistado mais direitos ao longo dos anos. No âmbito esportivo, em tempos mais remotos era difundida e naturalizada a crença de que às mulheres não caberiam práticas corporais que porventura pudesse corromper sua graciosidade e feminilidade. Sendo as mesmas banidas de diversas competições esportivas e proibidas de praticarem determinadas modalidades no dia a dia por serem consideradas inaptas para tal. A Teoria das Representações Sociais (RS) se apresenta como um campo de saber a fim de estabelecer uma compreensão a respeito de práticas e pensamentos partilhados na sociedade. Representações são geradas para transformar conteúdos sociais não familiares em algo que seja consensuado e conhecido e dentre essas questões compartilhadas, nota-se que a sociedade contemporânea ainda passa por resquícios dos processos que tentavam imputar a noção de que os grupos que estão à margem socialmente não merecem visibilidade, não merecem espaço. Portanto, ao considerar a ideia de que a universidade se constitui como um espaço da construção do saber, a partir dessa perspectiva tal estudo se desenvolveu. O objetivo foi o de investigar as Representações Sociais das mulheres praticantes de lutas, sob a ótica de estudantes universitários de cursos de Educação Física. A amostra foi composta por 137 discentes doo gênero feminino e masculino, de períodos de integralização de curso distintos. Para o desenvolvimento de tal estudo, foi utilizada a Abordagem Estrutural das Representações Sociais, que estabelece que há um núcleo central e um sistema periférico ao se organizar hierarquicamente os cognemas gerados. Para tal, ocorreu o uso de questionário sociodemográfico e de evocação livre com o termo indutor “mulheres praticantes de lutas”, dados que foram analisados pelo software Iramuteq®. Os resultados apontam que é quase nula a visão de objetificação e hipersexualização dessas mulheres praticantes de lutas e possivelmente isso se dê devido a população estudada ter uma maior conscientização sobre tal realidade, desse modo, tende a naturalizar mais facilmente a mulher que luta. O aspecto força e a visão de que são fortes orienta o que esse grupo representa sobre estas mulheres e esse olhar indefere mesmo nas variáveis gênero ou periodização de curso. Com uma ênfase que o cognema defesa foi evocado em sua maioria por mulheres, o que demonstra uma preocupação no zelar por si.