Representações sociais do feminicídio em estudantes universitários e na mídia escrita
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Instituto de Educação
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14536 |
Resumo: | Através de uma análise histórica podemos notar a crescente discussão referente a direitos e deveres do sujeito enquanto ser social delineada sobre uma perspectiva de gênero. Apesar da Constituição Brasileira de 1988 estabelecer que todos os cidadãos tem os mesmos direitos e deveres, existe uma representação diferente para homens e mulheres, que se efetiva através da violência psicológica à agressões físicas contra o gênero feminino, tendo como ápice o feminicídio. O feminicídio é a morte violenta de mulheres motivada por questões de gênero, resultados de um terror sexista antifeminino motivado por sentimento de propriedade, ódio e menosprezo do homem diante da figura feminina. Para tanto, utilizaremos a Teoria das Representações sociais, criada por Moscovici, onde os conhecimentos são compartilhados socialmente para dar sentido aos fenômenos sociais, formadas pelo conhecimento do senso comum e das partilhas grupais que resultam na compreensão de objetos, pessoas, situações com as quais não se tem familiaridade. O método consistiu em dois estudos: O primeiro sobre a mídia brasileira, através da análise de dois grandes jornais de grande circulação: O GLOBO e FOLHA de SÃO PAULO, nos anos de 2010 a 2018. Para análise de dados foi utilizado o software: IRAMUTEQ. E o segundo se refere à aplicação de um questionário junto a 200 estudantes da UFRRJ distribuídos entre os cursos de exatas e humanas, que contem questões abertas e fechadas. As questões fechadas foram analisadas como auxilio do software IRAMUTEQ, e as questões abertas através da teoria de Bardin. Os dados deste estudo revelam como possível núcleo central os elementos morte, machismo, violência, mulher e agressão, estes estão associados a um sentimento negativo advindo de um construto histórico e social baseada no machismo representado em forma de agressão e violência, e resultante na morte de mulheres. Conclui-se conforme os dados obtidos que ainda há um longo caminho a ser percorrido através da adoção de medidas governamentais e de práticas cotidianas que acompanhem uma reestruturação social que não justifique a violência contra a mulher. |