Efeito da consorciação da leguminosa Desmodium ovalifolium no consumo animal e na ciclagem de nutrientes em pastagens de Brachiaria humidicola.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Tarré, Ricardo Martinez lattes
Orientador(a): Boddey, Robert Michael lattes
Banca de defesa: Rezende, Alexander Silva de, Pereira, José Marques, Araújo, Adelson Paulo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9031
Resumo: Esse experimento foi conduzido na Estação Experimental de Zootecnia do Extremo Sul da Bahia (ESSUL/CEPEC/CEPLAC) obedecendo a um delineamento experimental inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 3 repetições. Os tratamentos foram estabelecidos segundo um fatorial 2 x 3, com 2 pastagens, Brachiaria humidicola (Rendle) Schweickt em monocultura e B. humidicola consorciada com Desmodium ovalifolium Wall cv. Itabela, e 3 taxas de lotação, 2, 3 e 4 cabeças por hectare. A estimativa do consumo animal em pastejo foi avaliada em 2 épocas do ano (agosto e novembro de 1995). Utilizaram-se 6 animais bovinos esôfago-fistulados para a retirada das extrusas (dietas consumidas) e 36 bovinos foram dosados com 10 g de Cr2O3 por dia, durante 21 dias. A digestibilidade “in vitro” da matéria seca e a abundância natural do 13C foram analisadas nas extrusas. Paralelamente, foram avaliadas a produtividade das pastagens e a sua composição botânica. O consumo de matéria seca foi afetado negativamente pela presença da leguminosa D. ovalifolium nas pastagens de B. humidicola devido à sua baixa palatabilidade, porém a proporção da leguminosa na dieta consumida foi bastante significativa, sendo maior nas taxas de lotação mais elevadas onde a seletividade dos animais foi mais restrita, apesar do fato de que na menor taxa de lotação havia uma maior proporção da leguminosa na forragem em oferta. O menor consumo de forragem observado nas pastagens consorciadas, não proporcionou menor desempenho animal, provavelmente devido à maior oferta de proteína oferecida pela leguminosa. As altas taxas de lotação provocaram uma diminuição na proporção de leguminosas na forragem em oferta, entretanto em todas as taxas de lotação a concentração de P na gramínea verde e seca da forragem em oferta e da liteira foi maior nas pastagens consorciadas. A taxa de decomposição da liteira foi muito elevada, cerca de 0,081 e 0,060 g g-1 dia-1, para P e K respectivamente, acarretando uma deposição anual de P pela liteira entre 13,2 e 13,7 kg P ha-1 ano-1. Nas pastagens em monocultura, os aumentos na taxa de lotação de 2 para 3 animais ha-1 e de 3 para 4 animais ha-1 causaram decréscimos na reciclagem de P na liteira de respectivamente, 11 e 6%.Provavelmente essas altas taxas de lotação provocam um declínio das pastagens devido à menor adição de P ao sistema solo. A presença da leguminosa nas pastagens provocou um aumento significativo na reciclagem de P pela deposição da liteira variando de 12,5 a 14,3 kg P ha-1 ano-1 e 25,0 a 37,6 kg K ha-1 ano-1.