Extração e caracterização das fibras do mamoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Caroliny Minely da Silva
Orientador(a): Alves, Salete Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA TÊXTIL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27188
Resumo: A presente dissertação estudou a extração e caracterização das fibras do mamoeiro, bem como a influência da localização das fibras no caule, tamanho da amostra de caule e da porcentagem de fibras extraídas por dois métodos de extração: o biológico e o físico, nas propriedades físicas e mecânicas das fibras. As amostras foram caracterizadas através da resistência a tração (tensão, módulo de elasticidade, tenacidade e alongamento), a cristalinidade e a molhabilidade. Em ambos os processos, todas as fibras apresentaram celulose do tipo 1, característica das fibras vegetais, demonstrando que não houve modificação química das fibras quando submetidas aos processos físico e biológico. As propriedades de resistência à tração foram maiores para a fibra localizada na região 2 do caule obtida pelo processo físico (tenacidade 25 cN/tex e alongamento 1,5%), pois nesse método de extração há controle das principais variáveis do processo, portanto há maior desempenho das fibras obtidas e maior reprodutibilidade desses resultados. Consequentemente, é também neste processo que as fibras são mais superficialmente uniformes, hidrofílicas (ângulo de contato 78° região 2 do caule) e com maior cristalinidade (65,2% região 1 do caule). O processo biológico, por sua vez, produz fibras com mais resíduos na superfície, com baixa densidade (0,64 g/cm3 região 3 do caule), com características hidrofóbicas (ângulo de contato 98° região 3 do caule) e com rendimento de fibras extraídas duas vezes superiores (14,5% região 2 do caule) quando comparado ao processo físico. Esses resultados mostram que, a partir da região da muda do mamoeiro, do tamanho da amostra e do tipo de processo de extração (biológico e físico), é possível obter fibras vegetais com maior rendimento extrativo e propriedades variadas. Desta forma, favorece uma maior aplicabilidade das fibras do mamoeiro.