Nostalgia do espaço e do tempo: uma leitura da obra memorialística de Câmara Cascudo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Geise Kelly Teixeira da
Orientador(a): Rangel, Edna Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19409
Resumo: Esta dissertação aborda a obra memorialística do escritor potiguar Luís da Câmara Cascudo (1898 - 1986) a partir de uma leitura integrada das quatro obras que a compõe: O Tempo e Eu (1968), Pequeno Manual do Doente Aprendiz (1969), Na Ronda do Tempo (1971) e Ontem (1972). Produzidas sob a contingência do moderno, do movimento e da reforma urbana, as memórias de Câmara Cascudo evocam as velhas paisagens de outrora, povoadas por aqueles que pertenceram à velha Natal romântica e provinciana que já não existe, mas que ainda sobrevive idealizada na memória do autor e que é (re)construída por ele a partir de uma escrita permeada de toques de imaginação e por um sentimento de nostalgia. Buscando analisar como se dá o processo de construção memorialista de Cascudo, bem como refletir sobre o papel que a memória exerce na (re)construção de um tempo e de um espaço perdidos, recorremos aos estudos de Maurice Halbwachs (2006) e Ecléa Bosi (1994). Dentro desse quadro teórico, buscamos, sobretudo, compreender não apenas o modo como as experiências vividas por Cascudo no presente irão trabalhar a matéria de sua memória, mas também como esta irá nortear uma escrita que toca na história e nos quadros sociais do passado.