Memórias de leitor: diário e ficção em Luís da Câmara Cascudo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Medeiros, Regina Lúcia de
Orientador(a): Santos, Derivaldo dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26375
Resumo: Propomos uma leitura dialógica, a quatro vozes, de Na ronda do tempo, Ontem: maginações e notas de um professor de província, Pequeno manual do doente aprendiz e Prelúdio e fuga do real, obras do escritor norte-rio-grandense Luís da Câmara Cascudo. Tendo em vista a própria natureza dialógica do texto, analisamos, em pesquisa anterior, a terceira das obras mencionadas, estudando suas relações dialógicas com a tradição literária ocidental, especialmente o diálogo que ela estabelece com a produção ensaística do francês Michel de Montaigne. Naquele momento, percebemos a singularidade dessa obra complexa que é o Prelúdio e fuga do real e levantamos questionamentos acerca do seu hibridismo genérico no que diz respeito aos gêneros textuais “diálogo” e “ensaio”, assim como da sua dupla natureza: ficcional e autobiográfica. A problematização dessa segunda vertente constitui o cerne da pesquisa que ora desenvolvemos. Temos como objetivo analisar as relações dialógicas estabelecidas entre os livros originados dos diários íntimos e o seu Prelúdio e fuga do real, visando compreender o modo como se processa, neles, a interiorização do discurso do “outro” no espaço constituído pelos imbricamentos da ficção e da memória e, mais extensamente, na interação entre as memórias de leituras e as memórias de vida. Partimos de estudos sobre o diário íntimo (BLANCHOT, 1997, 2011), assim como de leituras acerca de memória e velhice (BEAUVOIR, 1990; BOBBIO, 1997, 2005; BOSI,1987).