Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Moura, Marina Gabriela Medeiros de |
Orientador(a): |
Valença, Cecília Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32718
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Resumo: |
A COVID-19 é uma enfermidade respiratória transmissível e potencialmente grave que se tornou uma pandemia em março de 2020. A detecção precoce e o diagnóstico rápido são essenciais para impedir a transmissão e fornecer cuidados de suporte em tempo hábil. É necessário que os laboratórios de saúde utilizem práticas adequadas de biossegurança, para que se evite a contaminação ocupacional ao SARS-CoV-2 e se garanta, assim, a saúde e segurança desta força de trabalho tão importante no enfrentamento da pandemia. Diante disto, este estudo objetiva analisar as concepções de profissionais que atuam num laboratório de referência para diagnóstico da COVID-19 sobre riscos ocupacionais de contaminação pelo novo coronavírus e quais as medidas de proteção e prevenção adotadas. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa realizado no Instituto de Medicina Tropical do Estado do Rio Grande do Norte. A população do estudo foi composta por 13 trabalhadores do laboratório do IMT RN. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um roteiro de entrevista semiestruturada. A análise de dados dos questionários sociodemográficos foi desenvolvida recorrendo a análise descritiva, a qual foi apresentada na forma de tabelas e gráficos. Os dados referentes às questões subjetivas foram transcritos e categorizados com auxílio do software IRAMUTEQ. Os resultados demonstram que os profissionais reconhecem o risco de contaminação no labor como existente e real. Compreendem quais os tipos de riscos aos quais estão expostos e os modos de contaminação. Houve consenso sobre a forma de prevenção da contaminação e minimização do risco laboral, baseado no uso correto de EPIs e EPCs. Os trabalhadores descreveram os EPIs utilizados, demonstrando conhecimento, domínio sobre as técnicas, relataram acesso a treinamento e capacitação oferecidos tanto pela instituição, como buscados por eles. Não houve menção à quantidade ou à qualidade insatisfatória de EPIs. Observou-se que as intensas jornadas e aumento do volume de trabalho que se fizeram necessários, insuficiência de recursos humanos, pressa, cansaço, exaustão física e mental foram trazidos como fatores que podem aumentar o risco de contaminação. As medidas pessoais tomadas fora do ambiente de trabalho para evitar a contaminação foram descritas, baseando-se em ações de higiene pessoal, distanciamento social, uso de máscaras, limpeza e desinfecção de possíveis fômites levadas do trabalho até o lar. Os entrevistados apresentaram, de maneira geral, satisfação com o ambiente de trabalho, com falas demonstrando contentamento por atuar em um ambiente considerado seguro, bem como prazer em contribuir com o próprio labor e expertise, em um momento tão complexo e desafiador pelo qual a humanidade vem passando. Conclui-se que a pesquisa traz contribuições para a literatura corroborando com futuros estudos, pois possibilita o conhecimento sobre esta realidade laboral, sob a ótica dos próprios trabalhadores. O tão necessário laboratório de testagem foi evidenciado neste estudo a partir dos relatos de seus trabalhadores, da forma mais fidedigna possível, subsidiando assim a proposição de estratégias promissoras para a melhoria das condições de vida e trabalho desses profissionais. |