Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Joelma Dantas |
Orientador(a): |
Jerônimo, Selma Maria Bezerra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53341
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Resumo: |
Originário da África e isolado pela primeira vez em 1952, o vírus Chikungunya (CHIKV) pertence à família Togaviridae, gênero Alphavirus. Possui genoma de RNA de fita simples, polaridade positiva, com duas unidades de leitura aberta, envolvido por um capsídeo de simetria icosaédrica e por um envelope lipídico contendo espículas de glicoproteínas. É um arbovírus do grupo A que tem como principais vetores transmissores os mosquitos do gênero Aedes. A infecção pelo CHIKV é uma síndrome febril aguda e autolimitada, na maioria das vezes, que afeta pessoas de todas as faixas etárias, podendo causar diferentes sintomas que podem durar poucos dias ou até mesmo anos. O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos, imunológicos e clínicos da febre chikungunya durante a epidemia ocorrida no ano de 2016 no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram analisadas 284 amostras obtidas de casos suspeitos da infecção pelo CHIKV, empregando-se à técnica de qRT-PCR, das quais 125 foram positivos (44,4%). O maior número de casos positivos ocorreu no primeiro trimestre do ano, tendo o mês de março com maior representatividade, destacando-se 48 casos positivos. O município de Natal teve maior número de casos confirmados, totalizando 87 entre os casos positivos. A maior frequência foi em mulheres (52%) e 9,2% delas estavam grávidas. Os neonatos positivos representaram 5,6%. A média de idade de casos positivos foi de 34 anos e a faixa etária acima de 61 anos foi uma das mais afetadas pelo CHIKV. O maior número de casos detectados foi nas amostras de soro (41,2%). A maior carga viral ocorreu na fase aguda da infecção. O CHIKV foi detectado em dez pessoas até 23 dias após início dos sintomas. Amostras negativas para CHIKV foram testadas para detecção dos vírus DENV e ZIKV utilizando as técnicas de RT-PCR e qRT-PCR respectivamente. Além disso, para investigar a possibilidade de infecção por flavivírus, um total de 120 casos suspeitos de CHIKV com qRT-PCR negativos, foram utilizados para pesquisas de IgM anti-Flavivírus e anti-Chikungunya por meio do método de ELISA. IgM anti-Chikungunya foi detectado em 57(47,5%) dos casos. Entre as amostras IgM anti-Chikugunya negativas, 21(21,7%) apresentaram resultados positivos para IgM anti-Flavivirus e 54 amostras apresentaram positividade para IgM anti-Chikungunya e IgM anti-Flavivírus simultaneamente. Com relação às características clínicas dos casos positivos de CHIKV foi verificado que sintomas como febre, artralgia e conjuntivite foram os mais comuns, no qual a febre representou 91% dos casos. Bolhas na pele foi um sintoma encontrado em todos os sete neonatos estudados e positivos para CHIKV, no entanto, quatro adultos também apresentaram esse sintoma, porém apenas um foi positivo. Mialgia, artralgia febre e dores nas costas foram os sintomas mais relatados no primeiro dia de doença, porém a febre e artralgia permaneceram com maior constância após o quinto dia. Os resultados deste estudo visam contribuir para agregar conhecimentos sobre as características clínico-epidemiológicas da transmissão do CHIKV e para auxiliar no diagnóstico clínico da infecção. |