Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos Junior, Joilson Xavier dos |
Orientador(a): |
Alcantara, Luiz Carlos Júnior |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33156
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Resumo: |
A febre Chikungunya é uma doença autolimitada causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), que é transmitido pela picada de mosquitos hematófagos infectados do gênero Aedes. A maioria dos indivíduos infectados apresentam sintomas dentro de 4 a 7 dias, como febre, exantema maculopapular, poliartralgia e mialgia. Os casos de chikungunya no Brasil são registrados desde que o vírus foi identificado pela primeira vez no país em 2014. Em 2018, o Brasil registrou 87.687 casos prováveis da doença, dos quais, 52.966 casos (60,4%) ocorreram apenas na região Sudeste. O estado do Rio de Janeiro experienciou uma grande epidemia causada pelo CHIKV em 2016, 18.516 casos prováveis. A emergência do CHIKV tem levantado preocupação devido à rápida disseminação do vírus em nova áreas geográficas e às características clínicas associadas à infecção. OBJETIVO: Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi investigar a epidemiologia genômica do vírus chikungunya circulante no estado do Rio de Janeiro. MATERIAIS E MÉTODOS: Nós empregamos o método de sequenciamento por nanoporos, que permite a geração de muitos dados em poucas horas. RESULTADOS: Nós geramos com sucesso 11 sequências genômicas do CHIKV a partir de amostras de soro de pacientes sintomáticos residentes em sua maioria (n=6) no município do Rio de Janeiro. As cinco amostras restantes foram de pacientes residentes em quatro municípios vizinhos. As análises filogenéticas, empregando a abordagem do relógio molecular, revelaram que as cepas circulantes no Rio de Janeiro pertenciam ao genótipo africano ECSA e provavelmente este foi introduzido neste estado por volta de julho de 2014. Isto significa que o vírus circulou despercebidamente por 16 meses antes dos primeiros relatos oficias de transmissão autóctone no estado do Rio de Janeiro. CONCLUSÕES: Ambos os dados epidemiológicos e filogenéticos sugerem que as cepas da linhagem ECSA foram introduzidas no Rio de Janeiro a partir dos eventos de dispersão do CHIKV da região Nordeste para outras regiões do Brasil. |