Natal em prosa: representações da sociedade e da cidade nas crônicas de Augusto Severo Neto e Newton Navarro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Madruga, Natália Melchuna
Orientador(a): Dantas, George Alexandre Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52018
Resumo: A literatura nos possibilita o contato com diferentes tempos, diferentes lugares, diferentes vozes e sensações, pois as narrativas construídas pelos autores se baseiam em maior ou menor medida em sua realidade social. Por essa razão, a literatura se apresenta como uma possibilidade de fonte para estudos sobre a sociedade, e quando isso é aplicado aos estudos sobre o passado pode-se utilizar a abordagem da história cultural, a qual entende esses registros como representações que criam imaginários e sensibilidades. Esse trabalho objetiva buscar as representações da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, em crônicas memorialistas publicadas por autores locais em meados do século XX. Para desenvolvimento, foi discutida a abordagem historiográfica da história cultural, principalmente por meio dos estudos de Sandra Pesavento (2012) e Roger Chartier (1988), também se buscou maneiras de trabalhar a literatura como fonte de pesquisa, e para isso foi apresentada a técnica da análise dialética de Antonio Candido (1970) como a melhor maneira de interpretar criticamente uma obra literária. E ao considerarmos que as crônicas são memórias dos autores, investigou-se formação da memória coletiva e o papel da literatura como registros dessas memórias. Escolhemos como fontes as crônicas de Augusto Severo Neto (1985) e Newton Navarro (2006), que foram publicadas primeiramente em jornais como coluna social onde os autores contavam suas experiências na cidade a partir das memórias da juventude. As crônicas trabalhadas neste trabalho referem-se à Natal dos anos 1920, 1930, 1940 e 1950 aproximadamente, pois o passado e o presente dos autores se misturam e as datas não estão explícitas nas narrativas. As crônicas apresentam uma Natal que se modernizava atendendo aos anseios das elites locais, ao mesmo tempo que mantinha seus costumes típicos de uma cidade provinciana, e assim, por meio da obra dos autores, temos contato com uma cidade onde coexistem ao mesmo tempo a modernidade e a tradição.