Relação entre aspectos sociodemográficos, ansiedade e qualidade de vida com a disfunção temporomandibular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Laura Géssica Dantas da
Orientador(a): Barbosa, Gustavo Augusto Seabra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22155
Resumo: Introdução: A disfunção temporomandibular (DTM) tem etiologia multifatorial. E entre os fatores contribuintes, os de origem psicossomáticos podem representar uma influência negativa sobre a experimentação da dor, à saúde sistêmica e qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a relação entre ansiedade, qualidade de vida e aspectos sóciodemográficos com a disfunção Temporomandibular, e a predisposição de pacientes ansiosos e com baixo nível de qualidade de vida a apresentarem DTM. Métodos:Aplicou-se 4 questionários em 120 pacientes (60 com DTM e 60 sem DTM), para avaliação de sinais de ansiedade e qualidade de vida. O diagnóstico de DTM foi realizado pelo RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders). Para a análise da qualidade de vida utilizou-se o World Health Organization Quality Of Life-Brief Version (WHOQOL-BREF), e para a análise da ansiedade, três instrumentos: o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), o Índice de Ansiedade Traço-Estado (IDATE- T e E) e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Os dados coletados foram analisados com os testes de Qui-quadrado de Pearson (χ2), Teste t de student, razão de chances (Odds ration- OR), e regressão logística não condicional. Resultados: Dos pacientes com DTM, 60,0% eram mulheres e 30,0% homens (p=0,002), 65,1% estavam sem parceiro e 40,0% eram casados (p=0,009), 71,4% apresentavam ocupação profissional e 42,9% estavam sem ocupação (p=0,008). Os questionários que avaliaram ansiedade verificaram que a maioria dos indivíduos com níveis elevados de ansiedade apresentaram DTM, HADS 75% (p<0,001), IDATE-E 55,6% (p=0,035), IDATE-T 54,9% (p=0,011) e BAI 63,9% (p=0,002) em comparação aos indivíduos sem DTM. E o WHOQOL-BREF mostrou em todos os domínios e de forma geral, níveis mais elevados de qualidade de vida para os participantes sem DTM, p<0,001. Entre os dados sóciodemograficos o sexo apresentou maior associação com DTM (OR=3,5), seguidos de situação profissional (OR=3,3) e estado civil (OR=2,8). O WHOQOL apresentou maior força de associação (OR=9,2). E para ansiedade, isso foi observado no HADS (OR=5,0), seguido pelo IDATE-T (OR=4,2), BAI (OR=3,2) e IDATE-E (2,5). Conclusão: Há uma relação entre os aspectos sociodemográficos, ansiedade e qualidade de vida com a DTM. Os resultados sugerem que pacientes com DTM apresentam níveis mais elevados de ansiedade e baixo nível de qualidade de vida. Tais aspectos podem interferir na evolução do tratamento, o que reforça a necessidade de terapias com enfoque nos diversos fatores envolvidos na disfunção.