Os tratamentos com placa oclusal, terapia manual e aconselhamento são efetivos na redução da dor e ansiedade de pacientes portadores de disfunção temporomandibular? Ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rêgo, Cássia Renata de Figueirêdo
Orientador(a): Almeida, Erika Oliveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24298
Resumo: Introdução: A ansiedade é considerada um fator psicossocial relevante na etiologia multifatorial da disfunção temporomandibular (DTM). Objetivo: Determinar o efeito do tratamento com placa oclusal (PO), terapia manual (TM), aconselhamento (AC) e da associação placa oclusal + aconselhamento (PAC), na mensuração da dor e ansiedade em portadores de DTM. Métodologia: Foi realizado um ensaio clínico randomizado com 89 pacientes diagnosticados com DTM por meio do RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders) e divididos em quatro grupos de tratamento: PAC (n=25), PO (n=24), TM (n=21) e AC (n=19). Os participantes foram avaliados antes e após 1 mês das terapias quanto ás variáveis dor, ansiedade e diagnóstico de DTM. A mensuração da dor foi feita de acordo com uma escala visual analógica (EVA). Para avaliação da ansiedade foram utilizados três questionários: a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e o Índice de Ansiedade Traço-Estado (IDATE - T e E). Foi utilizado o teste Split Plot ANOVA para observar a diferença entre os grupos ao longo do tempo e dentro do próprio grupo, com nível de confiança de 95%. Resultados: Entre os participantes houve predominância do sexo feminino (82,1%, n=72) e a média de idade foi de 28 anos (±DP=9,34). Os quatro grupos obtiveram redução significativa (p < 0,001) na variável dor após 1 mês de tratamento. A avaliação da ansiedade, feita com três questionários diferentes, mostrou que houve redução dos sintomas de ansiedade após 1 mês para todos os grupos. Entretanto, esta redução só obteve significância estatística quando avaliada ao longo do tempo, HADS (p < 0,001), BAI (p < 0,001), IDATE-T (p = 0,006), não sendo, portanto, significante a diminuição dos sintomas entre os diferentes grupos de tratamento. Apenas para a avaliação da ansiedade-estado feita pelo IDATE-E não foi encontrada redução significativa entre os grupos (p = 0,068) nem ao longo do tempo (p = 0,760). Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que as terapias utilizadas foram eficazes na redução da dor e dos sintomas de ansiedade em pacientes diagnosticados com DTM. Entretanto, nenhum grupo foi superior ao outro na redução das variáveis estudadas.