Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Eden Silva e |
Orientador(a): |
Vainstein, Marilene Henning |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOINFORMÁTICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29588
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Resumo: |
Criptococose é uma infecção fúngica causada por leveduras de Cryptococcus spp. A infecção inicia-se quando células dessecadas ou esporos são inalados e chegam aos pulmões. Se a doença não for propriamente tratada, a infecção pode evoluir, atingir o sistema nervoso central e resultar em meningite meningocócica e até em óbito. O tratamento da criptococose é realizado em três estágios e faz uso de três drogas: fluconazol, anfotericina B e 5-flucitosina. Embora eficaz, o uso destas drogas pode resultar no surgimento de resistência fúngica, efeito tóxico para os pacientes e fármacos com a flucitosina não são comerciados em todos os países. Desta forma, propõe-se investigar o modo de ação do composto antifúngico plumieridina bem como a identificação do seu alvo molecular em C. neoformans. Para isso, realizou-se uma série de experimentos in vitro e in silico. Inicialmente, frações cromatográficas do extrato aquoso das sementes de Allamanda polyantha foram submetidas a ensaios de atividade antimicrobiana. Submeteu-se a fração com atividade antifúngica a análise de ressonância magnética nuclear de carbono e hidrogênio afim de se identificar compostos presentes na amostra. Atividade antifúngica, avaliada através de ensaios antifúngicos, foi de 0.250 mg/mL e o componente majoritário na fração foi a plumieridina. Através da triagem virtual baseada na similaridade do ligante, quitinase foi identificada como alvo molecular da plumieridina. Modelos tridimensionais das quitinases de C. neoformans foram criados e, através do atracamento molecular, observou-se a interação com resíduos do sítio ativo. Ensaios de inibição da atividade quitinolítica mostraram que a atividade é significativamente reduzida na fração secretada e fração celular solúvel. No entanto, a atividade quitinolítica é pouco reduzida pela presença de plumieridina na fração celular insolúvel, onde são necessárias maiores concentrações do composto. Embora plumieridina seja capaz de inibir a atividade quitinolítica, o composto não parece estar relacionado aos níveis transcricionais das quitinases de C. neoformans, reduzindo apenas os níveis transcricionais do gene CHI22. Observou-se que extratos contendo quitinases de macrófagos de camundongo, Bacillus subitilis e de Tenebrio molitor também são inibidos na presença de plumieridina. O tratamento com plumieridina ainda altera o padrão de distribuição dos quitooligômeros na parece celular: de um padrão polarizado para um padrão difuso pela parede. Os resultados validam a predição da triagem virtual e mostram que a inibição da atividade quitinolítica pela plumieridina resulta em divisão celular incompleta e, consequente, atividade antifúngica. Finalmente, os resultados indicam que a plumieridina inibe quitinase e cause morte de C. neoformans, entrentanto, a inibição também ocorre em outros membros da família GH18, indicando que este é um potencial inibidor de GH18. |