Estágio curricular obrigatório para universitários com deficiência: contexto e vozes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ávila, Giuliana Maria Gonçalves
Orientador(a): Melo, Francisco Ricardo Lins Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49786
Resumo: A atual política educacional no contexto brasileiro preconiza a garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis de ensino. Como consequência, constata-se, nos últimos anos, um aumento significativo no acesso de estudantes com deficiência na Educação Superior. No entanto, observa-se, no acompanhamento desse público pela Secretaria de Inclusão e Acessibilidade na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), dificuldades relativas às experiências de estágio curricular obrigatório de estudantes com deficiência, no que diz respeito a barreiras que interferem no pleno desenvolvimento de competências profissionais e inclusão desses estudantes. Diante dessa problemática, a presente pesquisa adota uma abordagem de métodos mistos convergentes, de caráter exploratório e descritivo, tendo como objetivo geral analisar as experiências de graduados com deficiência quanto à acessibilidade vivenciada em estágios curriculares obrigatórios nos cursos de graduação da UFRN. Para o alcance desse objetivo, utilizamos como instrumentos a análise documental e questionário online, cujos dados coletados de natureza quantitativa foram analisados a partir da estatística descritiva, e os oriundos das perguntas abertas do questionário a partir da Análise Temática teórica, com base nos temas: estrutura do estágio e barreiras e aspectos facilitadores. Além disso, também foi proposta a atualização da cartilha de estágios da UFRN, caracterizada como um produto educacional, haja vista o caráter profissional desse mestrado. No período do recorte temporal da pesquisa, o total de egressos com deficiência da UFRN que foram acompanhados pela SIA oriundos de cursos com estágio obrigatório na estrutura curricular foi de 54, dos quais 14 (25,9%) participaram. A análise e discussões dos resultados foram direcionadas para a realidade da amostra estudada, sem inferência estatística. De forma geral, os resultados ressaltaram o enfrentamento de barreiras nas suas diferentes dimensões pelos egressos com deficiência nas atividades de estágio curricular obrigatório, sendo relatadas barreiras como: o capacitismo, ausência de transporte acessível, ausência de mediadores da comunicação para usuários de LIBRAS, predominância do “ouvintivismo”, ausência de autonomia de locomoção segura e orientada nos espaços e ausência de materiais e instrumentos acessíveis. Além disso, evidenciaram-se como aspectos facilitadores ou barreiras, a depender da forma como se apresentem: participação do estudante na definição do local de estágio, avaliação das condições do campo de estágio, inclusive as de acessibilidade, atuação pedagógica do professor orientador de estágio, políticas institucionais de formação docente continuada e proposta pedagógica do estágio vinculada ao Projeto Pedagógico de Curso. Por fim, foi elaborada uma proposta de Cartilha de Estágio para a UFRN, com apoio e parceria da Pró-reitoria de Graduação, com a proposta de ser um documento orientador para todas as partes envolvidas no estágio, agregando, de forma transversalizada, considerações sobre inclusão e acessibilidade, bem como orientações sobre os aspectos facilitadores e barreiras destacados em nossa pesquisa.