Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Costa, Weruska Alcoforado |
Orientador(a): |
Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24930
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Resumo: |
O câncer de mama pode ocasionar sintomas como dor, fadiga, diminuição da capacidade funcional, ansiedade, estresse que podem comprometer a qualidade de vida (QV) das pacientes. Durante o processo de doença a espiritualidade pode ser uma ferramenta de enfretamento que possibilite uma melhor QV. Nesse contexto, o objetivo geral do estudo foi avaliar a influência da dor e da espiritualidade na QV de mulheres com câncer de mama. Trata-se de um estudo observacional, transversal e quantitativo, realizado no período de julho de 2014 a abril de 2015, em um hospital de referência no tratamento do câncer em Natal/RN. Avaliou-se uma amostra de 400 mulheres com câncer de mama resultando em três grupos: 118 sem metástase (MTX), 160 com MTX locorregional e 122 com MTX à distância. Foram aplicados os instrumentos um questionário complementar abordando variáveis sociodemográficas e clínicas, European Organization for Research and Treatment for Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (EORTC QLQ-C30) e o módulo específico Breast Cancer BR23 para avaliar QV, Spiritual Perspective Scale para avaliar espiritualidade e Short-Form McGill Pain Questionnaire para as pacientes com queixa álgica. Os dados foram analisados pela estatística descritiva e inferencial. O Teste de Fisher e Qui-quadrado utilizados para verificar a existência de relação de dependência entre espiritualidade e variáveis sociodemográficas e clínicas; ANOVA verificou a associação entre a QV e as variáveis clínicas, sendo o Teste de Tukey aplicado para ver a magnitude dessa associação. Como resultados, tivemos a alta prevalência de dor (71.7%) das pacientes e identificamos uma associação da presença de dor com QV. Na avaliação da Saúde Global (ESG) pelo EORTC QLQC30 o grupo sem MTX, média 55.3 (SD=24.8) para as que tinham dor, 69.7 (SD=19,2) para sem dor (p=0.001); MTX locorregional, com dor tiveram score 59.1 (SD=21.3), e as sem dor 72.4 (SD=18.6) (p<0.001). No grupo MTX à distância, as pacientes com dor média 48.6 (SD=23.1) quanto 67.6 (SD=20.4) sem dor, (p=0.002). Quanto a espiritualidade, independentemente do estado da doença, as mulheres evangélicas demonstraram maior espiritualidade: no grupo sem MTX (p=0,013), com MTX loco-regional (p=0,011) e no grupo com MTX à distância (p=0,009). Quando o nível de espiritualidade foi analisado associado as escalas EORTC, 39,8% das pacientes sem MTX tiveram maior nível de espiritualidade, tanto na Escala de Sintomas (p=0,04) quanto na ESG (p=0,02). Em conclusão, temos que o câncer de mama foi associado com a diminuição da capacidade funcional, comprometendo a QV das mulheres com câncer de mama; as pacientes com maiores níveis de espiritualidade apresentaram maiores valores de QV, independentemente da presença ou não de MTX; e que a dor foi bastante prevalente na amostra, diminuindo a QV das mulheres com câncer de mama. |