Espiritualidade e enfrentamento do câncer de mama em mulheres em processo de quimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gusmão, Amanda Lopes lattes
Orientador(a): Grincenkov, Fabiane Rossi dos Santos lattes
Banca de defesa: Mármora, Claudia Helena Cerqueira lattes, Castro, Elisa Kern de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6822
Resumo: Diante do atual crescimento na incidência de câncer de mama entre mulheres e considerando o intenso impacto físico e emocional causado pela doença por conta de seus tratamentos invasivos e das incertezas quanto à cura, a religiosidade e a espiritualidade apresentam-se como possibilidades importantes de enfrentamento durante o processo de quimioterapia. Esta pesquisa objetivou avaliar a relação entre a espiritualidade/religiosidade e o enfrentamento do câncer de mama em mulheres em processo de quimioterapia, bem como caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico das pacientes, além de avaliar a presença da religiosidade e também a qualidade de vida. Foi desenvolvido um estudo transversal, qualitativo e quantitativo, no qual foram selecionadas 50 mulheres, com idades igual ou superior a 18 anos e igual ou inferior a 70 anos, em processo de quimioterapia, sendo 25 no Instituto Oncológico 9 de Julho e 25 no Hospital ASCOMCER (Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora), ambos localizados no município de Juiz de Fora. No que se refere à parte quantitativa, para avaliar a espiritualidade/religiosidade como fator de enfrentamento foi utilizada a Escala de Coping Religioso-Espiritual elaborada e validada por Panzini e Bandeira. Para medir a religiosidade durante o tratamento foi usada a Escala de Religiosidade da Universidade de Duke (DUREL). A avaliação da qualidade de vida foi feita pela Escala WHOQOL-BREF. O perfil sociodemográfico e clínico foi obtido por meio de um questionário semiestruturado. A análise qualitativa foi realizada através de duas questões abertas elaboradas pela pesquisadora. Os resultados obtidos apontaram altos índices de espiritualidade e religiosidade entre as pacientes pesquisadas; a grande maioria delas utilizou a religiosidade/espiritualidade como estratégia de enfrentamento durante o processo de quimioterapia; foram encontradas correlações significativas entre a qualidade de vida e a religiosidade/espiritualidade. Por fim, este trabalho possibilitou melhor compreensão dos aspectos religiosos e espirituais envolvidos no adoecimento e como se estabelecem suas utilizações como estratégias de enfrentamento.