Exercícios físicos, capacidade funcional e qualidade de vida de mulheres sobreviventes ao câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Arthuso, Fernanda Zane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150304
Resumo: O câncer de mama é a segunda doença oncológica mais frequente no mundo e a mais comum entre as mulheres. Devido à complexidade da doença e às consequências do processo experienciado, é necessário desenvolver um programa adequado de exercícios físicos que atenue os impactos negativos e contribua para o bem estar e qualidade de vida dessa população. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos de um programa de exercício físico estruturado e individualizado na composição corporal, na capacidade funcional e na qualidade de vida de mulheres que realizaram tratamento para câncer de mama, além de avaliar o motivo alegado para a participação e a satisfação das participantes com o programa. A pesquisa tem o referencial teórico metodológico pautado na abordagem mista, qualitativa e quantitativa. Participaram cinco mulheres fora de tratamento do câncer de mama há pelo menos seis meses. Os dados foram coletados individualmente por meio de: entrevista estruturada; questionário de qualidade de vida WHOQOL-Bref; avaliação física composta pelo Teste de Sentar e Alcançar, Teste de Abdominal com Flexão Completa de Tronco e Teste de Caminhada de 6 minutos; além de uma pergunta sobre a satisfação com o programa de exercícios físicos realizado. As participantes foram avaliadas previamente ao programa de exercícios físicos e dezesseis sessões após o início da intervenção. Para análise dos dados, a comparação de parâmetros quantitativos foi realizada por meio do teste não paramétrico de Wilcoxon para medidas repetidas, os resultados não indicaram alterações estatisticamente significativas na qualidade de vida. Os valores quantitativos encontrados mostraram melhoras nos domínios físico de 64,3 (46,4 – 85,7) para 67,9 (50 – 91,6), psicológico de 75 (41,7 – 87,5) para 79,1 (54,1 – 91,7) e ambiental de 68,8 (65,6 – 84,4) para 78,1 (65,6 – 84,3) antes e após a intervenção. A avaliação física realizada pré e pós intervenção indicou melhora da flexibilidade para duas participantes, com alteração da classificação (baixo para intermediário); melhora da resistência muscular localizada para duas participantes, com alteração da classificação (ruim para acima da média e excelente) e melhora na capacidade funcional, com aumento da média da distância percorrida no teste de caminhada (601,4 ± 46,9 pré-intervenção e 615,3 ± 71,07 pós-intervençaõ). Os dados qualitativos foram analisados segundo a análise de conteúdo de Bardin, com a categorização de elementos temáticos. A análise qualitativa indicou elevada satisfação das participantes com o Programa de Exercício Físico Vida Após Câncer, com elementos temáticos categorizados em: Satisfação com o Trabalho Individualizado; Satisfação com as Relações Sociais; Sentimento de Prazer e Mudança Física. Considera-se, assim, que o Programa de Exercício Físico Vida Após Câncer foi satisfatório para todas as participantes, proporcionando sentimentos positivos como bem estar e felicidade. Sugere-se a realização de estudos similares com amostras maiores e com maior número de sessões de exercícios físicos.