Prospecção do potencial bioativo das sementes de Amburana cearensis em ensaios ovicida, antiviral e fungistático

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Viana, Jacilene Dantas
• Orientador(a): Uchoa, Adriana Ferreira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Cumaru; Extratos bioinseticidas; Bioatividade; Proteínas de defesa; Candida albicans; Aedes aegypti e DENV2
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28920

Amburana cearensis, conhecida vulgarmente como Cumaru, é uma leguminosa no bioma da Caatinga, comumente empregada pela medicina popular no tratamento de várias doenças, normalmente as cascas do caule, folhas e sementes são as partes mais utilizadas. As sementes possuem um arsenal de compostos naturais com propriedades bioativas, e dentre essas moléculas, as proteínas se destacam por apresentarem tanto importância na defesa do embrião quanto como reserva de nutrientes, sendo alvos de estudos farmacológicos. As lectinas, vicilinas, inibidores de proteases e peptídeos são exemplos de proteínas de defesa presentes em sementes, investigadas com relação aos potenciais antimicrobianos, inibidores da replicação viral e entomotóxicos. O objetivo desse trabalho foi à bioprospecção de atividades biológicas do extrato bruto e das frações protéicas obtidas das sementes da planta A. cearensis. As concentrações das amostras utilizadas nos ensaios de eclosão das larvas do Aedes aegypti, na determinação da inibição da replicação viral do DENV2 infectando células VERO e no crescimento de fungos do gênero Candida e Trichosporon, foram previamente definidas por meio do MTT, nos quais observamos que 3,12 mg/mL do extrato bruto interfere menos na viabilidade das células VERO e não apresenta atividade hemolítica. Constatamos então que a fase solúvel em água da fração F3 inibiu em 100% a eclosão das larvas do A. aegypti. O extrato bruto foi eficaz na diminuição da replicação do DENV2 quando testado em cultura de células VERO após o tempo de adsorção viral, caracterizando efeito antiviral, entretanto não houve efeito no bloqueio da infecção. A fração F1 apresentou efeito fungistático inibindo a filamentação em Candida albicans, C. glabrata e Trichosporon asahii. Os resultados reforçam o potencial bioativo de A. cearensis como fonte de moléculas com propriedades bioativas contra patógenos e vetores. No entanto novos estudos devem ser realizados para identificar as moléculas presentes nos extratos e seus mecanismos de ação contra fungos, vírus e sobre o mosquito A. aegypti.