Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GUEDES, Caio César da Silva |
Orientador(a): |
PAIVA, Patrícia Maria Guedes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39504
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Resumo: |
Aedes aegypti (família Culicidae) é um inseto cosmopolita cujas fêmeas através de hábitos hematófagos, podem transmitir os vírus da dengue, zika, chikugunya e febre amarela. Estas arboviroses representam um grande problema de saúde publica devido a sua fácil disseminação, e alto risco de mortalidade. Vacinas para os alguns desses virus acima citados não são ainda disponíveis e portanto é necessário combater o aumento da população de insetos utilizando-se inseticidas químicos. Porém, existem desvantagens como o desenvolvimento de populações resistentes, o aumento de poluição química e efeito sobre organismos não alvo. Infecções fúngicas são comuns em países de clima quente e úmido, sendo os de clima tropical e subtropical os mais afetados. Trichophyton tonsurans é um fungo dermatófito de ampla distribuição geográfica que é o agente etiológico da tinea capitis, tinea corporis, tinea pedis e tinea unguium, que são infecções que podem ser transmitidas de homem para homem. O uso dos antifúngicos atuais tem levado ao desenvolvimento de cepas resistentes bem como tem sido detectado nos tratamentos efeitos colaterais tais como hipersibilidade e toxicicidade. A busca por compostos naturais com atividade inseticida e antifúngica, pode aumentar o número de candidatos para uso em estratégias de controle de insetos e tratamento de doenças associadas a fungos. A indicação de nova droga pode contribuir para o não desenvolvimento de espécies resistentes pelo aumento de rotatividade bem como pode disponibilizar composto ativo sobre espécies resistentes aos compostos atualmente utilizados. O presente estudo investigou a atividade inseticida do óleo fixo de sementes de Moringa oleifera contra A. aegypti e antifúngica do óleo e fração proteica obtida a partir do extrato aquoso de sementes de M. oleifera sobre T. tonsurans. O óleo foi extraído através de soxlet e caracterizado por cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massa (GC-MS). O potencial inseticida do óleo foi avaliado pela determinação da atividade larvicida sobre os estágios L1, L2, e L4 bem como efeito no desenvolvimento larval e na oviposição. A atividade antifúngica foi investigada através da determinação do efeito do óleo e fração proteica no crescimento do fungo bem como do uso combinado das duas preparações. O óleo nas concentrações de 50 ppm e 200 ppm promoveu mortalidade de L1 de 10% e 1%, respectivamente. Mortalidade de L2 foi detectada nas concentrações de 50 ppm (15%), 75 ppm (35%), 100 ppm (30%), 150 ppm (25%) e 200 ppm (45%) enquanto o óleo nas concentrações de 10, 50, 100, 150, 200 ppm não promoveu mortalidade de L4. O óleo (50 ppm) retardou o desenvolvimento larval de 42,5% a 44,28%. O óleo e a fração proteica 0-60% inibiram em 50% o crescimento de T. tonsurans na concentração de 1024 μg/mL e quando as duas preparações foram avaliadas conjuntamente a inibição de 50% do crescimento do fungo foi detectada na concentração de 512 μg/mL do óleo e de 8 μg/mL da fração proteica 0-60%. Os valores de concentração inibitória fracionada (CIF) foram 0,5 e 0,007 para o óleo e fração, respectivamente. O índice de concentração inibitória fracionada (ICIF) foi de 0,507 demonstrando que a fração proteica 0-60% tem efeito aditivo ao óleo fixo. Em conclusão, o óleo de sementes de M. oleifera tem potencial uso no controle da população de A. aegypti por bloqueio do ciclo biológico do mosquito. O uso combinado do óleo e fração proteica 0-60% resulta em aumento da eficiência antifúngica. |