Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Rita de Cássia Araújo Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20688
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Resumo: |
Nas últimas décadas, intensificaram-se os debates sobre as narrativas biográficas e autobiográficas como práticas socioeducativas, alinhadas ao cenário educacional do século XXI, o qual impõe novas perspectivas pedagógicas, tecidas com fios epistemológicos e metodológicos ancorados na formação ao longo da vida. Diante dessas exigências, cresceu a necessidade de inovar a modalidade de formação continuada em Escola Judicial, como espaço de importância vital para responder à demanda constitucional de aprimoramento das práticas jurisdicionais. A tese tomou como objeto de estudo as narrativas autobiográficas e o grupo reflexivo como práticas socioeducativas, realizadas no „Ateliê biográfico de formação profissional‟, como espaço-tempo para a formação continuada de oficiais de justiça – Avaliadores Federais, na Escola Judicial do TRT, em Natal/RN. Nortearam a pesquisa as seguintes questões: Quais os percursos de experiências e saberes compartilhados pelos oficiais de justiça no “Ateliê biográfico de Formação Profissional”? Como se organiza o grupo reflexivo enquanto prática socioeducativa na formação profissional? Que contribuições as narrativas de si trazem para a formação ao longo da vida no contexto das práticas jurisdicionais? Os princípios teóricos e métodos de pesquisa inspiram-se nos pressupostos epistemológicos de estudos e pesquisas que colocam no centro da investigação e da formação o sujeito da experiência e postulam sua capacidade de reflexão e de reinvenção de si (FREIRE, 1987, 1996, 2001; JOSSO, 2008, 2010, 2012; PINEAU, 2005, 2006; DOMINICÉ, 2008, 2010; DELORY-MOMBERGER, 2006, 2008, 2012; PASSEGGI, 2008; 2010; 2011; 2012). Participaram da pesquisa 09 (nove) oficiais de justiça, no exercício da profissão, que integraram o grupo reflexivo em 08 (oito) encontros no Ateliê biográfico, durante os quais partilharam narrativas sobre suas experiências existenciais e profissionais. O material empírico está constituído por suas narrativas escritas e orais e as transcrições das interações nos grupos reflexivos, cujas análises foram realizadas na perspectiva proposta por Schütze (2010). Das análises emergiram seis grandes categorias: reflexividade, experiencialidade, historicidade, reversibilidade, dialogicidade e formabilidade que confirmam a tese de que a reflexão conduzida por servidores em grupos reflexivos, mediante as narrativas de suas experiências de vida, favorecem à formação profissional, por lhes permitir melhor entrever os vínculos que articulam sua formação ao trabalho profissional. Os movimentos em espiral utilizados ao longo das análises simbolizam a expectativa de uma abertura dinâmica e contínua que prosseguirá para cada um dos participantes, que viveram o trabalho conjunto de biografização e a magia do conhecimento de si mesmo como um exercício autopoiético. |