Status de zinco e cobre e associações com parâmetros biodemográficos, clínicos, bioquímicos e nutricionais em indivíduos com insuficiência cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Fernanda Lambert de
Orientador(a): Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28050
Resumo: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa com duas etiologias predominantes, isquêmica e não isquêmica. O impacto da etiologia e outros fatores associados à IC sobre o status de zinco e cobre tem sido pouco explorado. Objetivouse investigar o status de zinco e cobre em indivíduos com IC isquêmica e não isquêmica, e as associações com parâmetros biodemográficos, clínicos, bioquímicos e nutricionais. Trata-se de um estudo transversal que incluiu 80 indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente, distribuídos em grupos com IC isquêmica (n=36) e não isquêmica (n=44). Foram investigados os biomarcadores de zinco (zinco no plasma, na urina e na dieta), cobre (cobre no plasma e na dieta e ceruloplasmina) e a razão cobre/zinco. Utilizou-se os testes t de Student, Mann–Whitney, Qui-quadrado ou teste exato de Fisher quando apropriado. Regressão linear múltipla pelo método stepwise foi empregada para avaliar associações. Observou-se menor ingestão dietética de zinco e maior de cobre no grupo com IC isquêmica (ambos p=0,02). Não foram identificadas diferenças no zinco e cobre no plasma, razão cobre/zinco, ceruloplasmina e zinco na urina entre os grupos (todas p≥0,05). Os valores de mediana desses biomarcadores encontravam-se dentro da faixa de referência em ambos os grupos. Associações inversas foram registradas entre idade (β=-0,001; p=0,005) e uso de diurético (β=-0,047; p=0,013) e zinco no plasma. Saturação de transferrina (β=0,002; p=0,014), cobre no plasma (β=0,001; p<0,001), albumina (β=0,090; p<0,001) e etiologia isquêmica (β=0,038; p=0,012) foram diretamente associadas ao zinco no plasma. Identificou-se associação direta entre ceruloplasmina (β=0,011; p<0,001), GGT (β=0,001; p<0,001), albumina (β=0,077; p=0,001), PCR-us (β=0,001; p=0,024), cálcio da dieta (β=0,00015; p=0,015) e cobre no plasma. Por outro lado, as variáveis independentes ex etilista (β=-0,070; p<0,001) e fibra da dieta (β=- 0,016; p=0,008) foram inversamente associadas ao cobre no plasma. Os resultados sugerem que não existem alterações expressivas no status de zinco e cobre em indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente, independentemente da etiologia da IC. Atenta-se para a importância do monitoramento de variáveis relacionadas ao contexto da IC preditoras de zinco e cobre no plasma, em especial, àquelas associadas ao estresse oxidativo e inflamação.