O paradigma da psiquiatria nutricional associado aos diferentes métodos de rastreamento da depressão em pacientes com insuficiência cardíaca
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8865 http://dx.doi.org/10.22409/PPGCV.2018.d.08346341717 |
Resumo: | Introdução: A psiquiatria nutricional é uma nova área para o estudo na correlação dos transtornos mentais, anormalidades metabólicas e nutricionais nas doenças crônicas, dentre elas a insuficiência cardíaca. A insuficiência cardíaca promove anormalidades metabólicas e nutricionais que se associam com diferentes multimorbidades, como a depressão. Estudos envolvendo depressão com os biomarcadores nutricionais e metabólicos na insuficiência cardíaca não têm sido investigados neste novo paradigma. Objetivo: Associar biomarcadores nutricionais, dietéticos e cardiometabólicos com diferentes métodos de rastreamento para depressão em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca. Métodos: Estudo observacional, transversal e prospectivo. O protocolo do estudo foi composto por uma avaliação da composição corporal, mini avaliação nutricional (MAN) e qualidade de vida de Minessota (MLHFQ). Os sintomas depressivos foram rastreados pelo Beck Depression Inventary (BDI-I) e Questionarie Health Patient - 9 (PHQ-9). Os biomarcadores cardiometabólicos analisados foram NT-proBNP, vitamina D, serotonina, proteína C reativa ultrassensível, acido úrico, perfil lipídico e fosfolipase A2G2. A análise estatística foi feita através do Software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. O estudo foi aprovado no comitê de ética do HUAP/UFF sob o nº CAAE: 25093513.0.0000.5243. Resultados: Avaliou-se 76 pacientes com diagnóstico de IC, que foram divididos em dois grupos com e sem depressão, rastreados por diferentes métodos, com média de idade 63,3±13,5 anos, 56,5% do sexo masculino, 51,3% com classe funcional II (New York Heart Association), 81,6% com dislipidemias e 56,6% com diabetes. A prevalência da depressão pelo BDI-I foi de 67,1% e pelo PHQ-9 foi de 44,7% e a concordância foi de 46,1% ( . Em relação ao estado nutricional 58% apresentavam risco nutricional e 85% apresentavam IMC ≥ 25Kg/m2. Os instrumentos de depressão, simultaneamente, apresentavam associação entre os grupos com e sem depressão para qualidade de vida (BDI-I: p=0,03; PHQ-9: p=0,01); risco nutricional (BDI-I: p=0,02; PHQ-9: p=0,001); aumento da circunferência da cintura (BDI-I: p=0,03; PHQ-9: p=0,05); padrões dietéticos inadequados (BDI-I: p=0,005; PHQ-9: p=0,001), triptofano dietético < 10mg/dia (BDI-I: p=0,05; PHQ-9: p=0,01); NT-proBNP (BDI-I: p=0,0001; PHQ-9: p=0,05) e serotonina<80ng/dL (BDI-I: p= 0,001; PHQ-9: p=0,08). Na análise de regressão logística, os fatores de risco nutricional (OR: 3,11; IC 95% [1,17-8,31]); creatinina > 1,2mg/dL (OR:31,24; IC 95% [2,43-108,9]; p=0,02); sódio dietético < 600mg/dia (OR: 41;44; IC 95% [13,28-366,66]) e tiamina < 0,9 mg/dia (OR: 3,38; IC 95% [1,17-17,35]) aumentam o risco para desenvolver depressão. Conclusão: A conexão cérebro - coração avaliado pelo paradigma da psiquiatria nutricional, através dos diferentes métodos de rastreamento de depressão, permitiu conhecer um padrão fenótipo de pacientes com IC deprimidos com maior prevalência de obesidade, padrão dietético inadequado, maiores níveis de inflamação e menores níveis plasmáticos de vitamina D e serotonina |