Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vancini, Milena Gomes [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71584
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC) podem apresentar um pior prognóstico e desfechos clínicos negativos quando acometidos por doenças agudas, como a COVID-19, e o perfil nutricional desses pacientes parece influenciar em tais desfechos. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional e sua associação com a mortalidade de pacientes com Insuficiência Cardíaca admitidos por COVID-19 em unidades de terapia intensiva. Método: Estudo do tipo coorte retrospectivo. Os dados foram coletados no prontuário de pacientes hospitalizados de março/2020 a agosto/2021 nas unidades de terapia intensiva de um hospital-escola na cidade de São Paulo, com diagnóstico prévio de IC e com confirmação de COVID-19. O desfecho primário observado foi a mortalidade intra-hospitalar associada com o IMC (índice de massa corporal) e os desfechos secundários foram o tempo total de internação hospitalar e o tempo de ventilação mecânica invasiva. As variáveis independentes coletadas foram perfil sociodemográfico e clínico, dados antropométricos e de triagem nutricional, indicadores clínicos e exames laboratoriais de admissão até a alta da UTI ou óbito. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e, na análise univariada, testes de associação foram realizados entre a mortalidade e as variáveis independentes. Um modelo de regressão logística foi realizado, tendo sido considerado um valor p<0,05 como significativo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição sob o número de parecer 4.949.168. Resultados: Foram avaliados 43 prontuários de pacientes com IC e COVID, sendo que a maioria dos pacientes era desnutrido ou eutrófico. Dos 43 pacientes, 58,14% evoluíram a óbito na hospitalização. O IMC dos pacientes com desfecho de óbito foi menor que o dos pacientes que tiveram alta (p=0,04) e 100% dos pacientes que evoluíram ao óbito tinham risco nutricional. No modelo de regressão logística, foi identificado que o excesso de peso reduz em 1,4 vezes a chance de óbito quando comparado com os pacientes eutróficos. Conclusão: A avaliação nutricional é crucial para pacientes com IC e COVID-19. A mortalidade neste estudo foi alta, destacando a gravidade da interação entre IC e a infecção viral. O IMC mostrou uma associação complexa com a mortalidade – sugerindo um efeito protetor do sobrepeso –, enfatizando a importância de abordagens integradas para melhorar os desfechos clínicos. |