Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lisbeth Lima de |
Orientador(a): |
Silva, Francisco Ivan da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20215
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Resumo: |
O presente trabalho tem como ponto de partida a obra Les lauriers sont coupés, do escritor francês Édouard Dujardin. O livro, escrito em 1887, tornou-se conhecido somente em 1924, quando o escritor James Joyce declarou ter sido influenciado por essa obra para escrever o monólogo de Molly Bloom, personagem de Ulisses, usando uma técnica chamada monólogo interior, até então não utilizada por outro escritor. A ideia de escrever um livro em que o personagem exibe o seu pensamento antes mesmo de sofrer alguma censura foi o que quis Dujardin. Nascida no final do século, a obra possui características que o Movimento Simbolista preconiza: a sinestesia, a musicalidade, o jogo de palavras. Em lugar do sentimento, dos românticos, os sentidos. Para uma geração de escritores que viveu na cidade de Paris no final do século, a metáfora cede lugar à metonímia. Neste sentido o autor é situado como parte integrante do seu tempo no contexto do final do século XIX, sofrendo a influência de Mallarmé e Wagner na construção do livro. A Canção dos Loureiros, título adotado na tradução de Élide Valarini (1989) para a obra Les lauriers sont coupés, foi analisado identificando-se elementos do Simbolismo e, ao mesmo tempo, procurando-se demonstrar que o autor, na elaboração da obra, supõe que o leitor entre no pensamento do personagem usando a técnica do monólogo interior. Além dessa análise, tornamos público um ensaio, que ainda não havia sido traduzido para a língua portuguesa, no qual Dujardin, que viveu quase 90 anos, pôde rever sua obra sendo crítico dele mesmo, explicando como surgiu a ideia da técnica e a recepção dela perante seus pares. |