Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Passos, Renata Luz |
Orientador(a): |
Nobre, Itamar de Morais |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46550
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Resumo: |
Neste Estudo de Caso, nos propomos a investigar a prática da fotografia estereoscópica pelo jornalista e jurista brasileiro, nascido no sertão do Rio Grande do Norte, Manoel Dantas (1867-1924). Em seu acervo inédito, constam 2.146 imagens que resistiram ao tempo, produzidas entre os anos de 1900 e 1924, em caráter amador. Por meio dessas fontes primárias, compostas por fotos, diário pessoal, entre outros documentos, bem como utilizando fontes secundárias, como jornais da época e aportes bibliográficos, realizamos um levantamento histórico acerca dos usos, funções e mapeamento do acesso a equipamentos e insumos da fotografia estereoscópica por Manoel Dantas. Nesse sentido, buscamos em autores como Boris Kossoy (2002, 2007, 2014), Giséle Freund (1995) e Ana Maria Mauad (2008), os aportes teóricos referentes ao estudo histórico da fotografia. Enquanto nos aspectos relacionados ao uso da fotografia estereoscópica, nos embasamos nas obras de Maria Inez Turazzi (1995) e Inácio Parente (1999). Observando a aproximação dos objetivos da pesquisa com a metodologia da Análise Iconográfica de Kossoy (2014), nos debruçamos nas imagens para identificar os aspectos constitutivos de uma fotografia: o fotógrafo, a tecnologia utilizada por ele e os assuntos que foram registrados. Diante do elevado número de imagens, efetuamos uma categorização feita a partir de temas, subtemas e legendas (KOSSOY, 2014). Após esse levantamento, delimitamos um recorte para que fosse possível, a partir do exemplar mais bem conservado, exemplificar cada uma dessas categorias. Ao longo da pesquisa exploratória, percebemos a aproximação da atividade de fotógrafo amador com os demais aspectos profissionais e pessoais da vida de Manoel Dantas. O levantamento de sua biografia, realizado à luz da contextualização histórica, nos auxiliou na compreensão da forma como esse sertanejo foi elevado a uma restrita elite intelectual e econômica do início do século XX, dando pistas sobre como custeou a fotografia e onde obtinha informações acerca da tecnologia escolhida. A despeito do estudo se inserir no âmbito da história da mídia visual, embasando-se na necessidade de estabelecermos, ao longo da história, os marcos midiáticos que explicam em grande medida o nosso consumo de dispositivos, visuais e táteis, vislumbramos sua contribuição focada no presente. Isso porque os aparelhos de efeito tridimensional permanecem incorporados em nossas vidas, em razão da demanda humana de experimentar o mundo de forma, cada vez mais, sensorial. |