Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Djokic, Divna |
Orientador(a): |
Lima, Renata Santoro de Sousa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44907
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Resumo: |
Machos de baleia jubarte são conhecidos pelos seus cantos complexos. As modulações desses cantos podem ser graduais, chamadas de evolução, ou rápidas — revoluções. Apesar dessa versatilidade, todos os machos da mesma área de reprodução adotam o mesmo tipo de canto, durante um determinado período reprodutivo. As regras que determinam essas modulações não são bem conhecidas. Um mecanismo possível gerador de tais mudanças no canto pode ser o intercâmbio dos componentes do canto na área de alimentação, onde populações distintas podem se encontrar, e potencialmente interagir. Outra possibilidade pode ser a visita de um indivíduo de outra população, durante a época da reprodução. Uma terceira opção em potencial seria uma deriva unidirecional do canto (até agora observada na Oceania, onde um único tipo do canto viaja de uma população a outra em anos subsequentes). Apesar de ter dados limitados sobre o nível de interação das populações distintas dos dois oceanos da América Latina, provenientes de análises genéticas e de foto identificação, nós hipotetizamos que esse tipo de contato é detectável através da natureza e construção do canto. Para determinar qual desses mecanismos mencionados anteriormente melhor explica a mudança do canto em populações distintas de baleias jubartes na América Latina, nós montamos uma base dos dados de 1718 minutos de gravações ao longo de 4 temporadas reprodutivas consecutivas (2016-2019), em 8 localidades diferentes em áreas reprodutivas na América Central e do Sul. A metodologia aplicada neste trabalho é dividida em métodos novos, construídos a partir deste estudo (uma chave para a classificação das unidades do canto e gráficos para visualização de padrões recorrentes a partir da distância de Levenshtein), métodos existentes mas não aplicados nesta área de pesquisa (ìndice de similaridade de Jaccard usado para comparar diferenças entre as unidades dos cantos) e métodos já bem estabelecidos empregados na pesquisa sobre o canto da baleia jubarte (Índice de similaridade de Levenshtein e ranqueamento de complexidade do canto). Mesmo que nem todos os resultados obtidos pela nossa pesquisa estejam de acordo com a literatura contemporânea, todos os nossos métodos concordam sobre a conclusão que as populações das baleias jubartes na América Latina, explorados nesse estudo, mantem contato acústico, que é variável em intensidade e tipo, e que esse contato (dessas ou de outras populações), é, provavelmente, um fator determinante das mudanças permanentes que observamos nos cantos das baleias jubartes. |