"Não serei interrompida'': o assassinato de Marielle Franco como acontecimento de ampla comoção digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Germano Neto, José
Orientador(a): Dantas, Alexsandro Galeno Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52062
Resumo: O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco em março de 2018 mobilizou sujeitos diversos por todo o Brasil, bem como em várias partes do mundo. As redes sociais digitais cumpriram, e ainda cumprem, um papel fundamental de visibilidade e repercussão do caso na circulação de dados, narrativas e emoções. Tendo como fonte registros virtuais no Twitter entre os meses de março de 2018 e março de 2019, nos propomos a refletir sobre o papel desempenhado por uma racionalidade contagiosa nesse processo. De modo mais específico, como esse caso se constituiu enquanto um acontecimento de ampla comoção digital por meio de sua viralidade na sociedade e efetuação de possíveis. O conceito de acontecimento de ampla comoção digital foi cunhado ao longo dessa pesquisa a partir da articulação da monadologia renovada do sociólogo francês Gabriel Tarde (1843-1904) com reflexões sobre comunicação e cultura na sociedade contemporânea (LAZZARATO, 2006; SAMPSON, 2012; HAN, 2018; MARCONDES FILHO, 2010; FRANÇA, ALMEIDA, 2018). O acontecimento nos faz ver aquilo que uma época tem de intolerável (LAZZARATO, 2006), como as fake news e políticas de ódio, vastamente exploradas na repercussão digital da morte de Marielle, mas faz também emergir novas possibilidades de vida e transformações da subjetividade.