Manoel de Barros: a poética da infância como procedimento da linguagem poética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Torres, Alan Bezerra
Orientador(a): Barbosa, Marcio Venicio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25876
Resumo: Este trabalho tem por objeto a obra do poeta Manoel de Barros. Especificamente, a pesquisa pauta-se no que o próprio artista e a crítica especializada, como Lima (2001), Waldman (1991), Campos (2006), entre outros, denominaram “Poética da Ordinariedade”, a qual se configura pela exaltação de elementos considerados – até certo ponto – rasteiros, menores: o lixo, os loucos, os bêbados, os andarilhos, os insetos. Nossa hipótese principal é a de que essa linguagem peculiar que tece odes ao ordinário só se sustenta por conta da presença constante da infância, base de todo o seu fazer poético. Além disso, levantamos também a tese de que essa dicção particular foi completamente paramentada pelo Modernismo. Sendo assim, é importante salientar que os Estudos Comparados norteiam esta empreitada, na medida em que buscamos associações e dissociações entre textos literários de autores distintos, mas nos apoiamos também no entendimento de várias áreas do saber, em função do próprio caráter plurifacetado da noção de infância, a qual se dimensiona pelas inúmeras interfaces que cria com outras contribuições reflexivas das Humanidades. Contudo, pretendemos compreender o artista inserido no contexto do Modernismo, não só através da historiografia literária (BOSI, 2006; COUTINHO, 2005), mas também por meio de estudos, de missivas e de manifestos que discutem o período e por meio do corpus artístico de alguns nomes que possuem sua importância dentro da tradição modernista ocidental, como Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud, Stéphane Mallarmé, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa e outros.